Barreiras do analfabetismo

A constituição federal de 1988, em seu artigo 6°, garante o direito à educação como inerente a todos os cidadãos. Entretanto, tal prerrogativa não tem sido refletida na prática, considerando-se o alto índice de analfabetismo no país. Diante desta perspectiva, faz-se necessário a discussão acerca da negligência estatal e consequências advindas com essa problemática, visando assim, medidas para solucioná-las.

Primeiramente, é válido reconhecer que os altos índices de analfabetos derivam da falta de atuação do Estado no que se refere a criação de mecanismos que coíbam tais ocorrências. Acerca disso, é pertinente trazer o discurso do filósofo John Locke, no qual o “contrato social” é estritamente violado: o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem dos direitos indispensáveis, como a Educação, que lamentavelmente é a realidade do Brasil.

Ademais, vale salientar que a falta de escolaridade impulsiona a falta de oportunidades e o desemprego no país. Segundo o educador Paulo Freire, ” Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Diante de tal exposto, a alfabetização é indispensável para mudar a realidade de uma população, fazendo com que consigam chegar nas universidades e no mercado de trabalho. Logo, é de suma importância  a reformulação da postura governamental para que esse cenário não se perdure.

Destarte, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Para tanto, é preciso que o ministério da Educação, órgão responsável pelo sistema educacional do país, por meio de investimentos, crie projetos que construam mais escolas em todas as regiões, tanto rural quanto urbana, a fim de permitir a ingressão de todos os indivíduos desde a infância. Outrossim, é imprescindível a criação de programas  que incluam também a alfabetização das pessoas adultas. Só assim, o analfabetismo tornaria uma mazela passada na história do Brasil.