Automedicação um grande problema.

É comum ouvir falar em propaganda, “ ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado,” porém com o alto indicie de automedicação, essas palavras é um tanto perigosa, visto que uma pesquisa feita pelo ICTQ (instituto de pós graduação para profissionais do mercado farmacêutico), identificou que esse procedimento é feito por 79% dos brasileiros. Entretanto a automedicação muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências graves. Diante desse cenário, deve-se analisar também o quanto o sistema único de saúde – sus é ineficiente e contribui muito para o agravamento desse problema.

Nesse âmbito, vale ressaltar que o uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, que a utilização inadequada pode mascarar determinados sintomas, principalmente quanto ao uso é de antibióticos, pois seu uso abusivo pode facilitar o aumento da resistência de microrganismos. Além do mais, o hábito da medicação por conta própria, sem prescrição médica pode ocasionar a morte. Segundo a associação brasileira de indústrias farmacêuticas (Abifarma), por conta da automedicação no brasil, morrem cerca de 20 mil pessoas por ano.

Além disso, a ineficácia do sus contribui muito para essa realidade, devido as longas filas, a demora no atendimento, como também o diagnostico que muitas vezes  é concluído sem a realização de um exame, ou até mesmo uma anamnese mais detalhada, onde tudo deixa a desejar do atendimento na recepção ao procedimento médico, hoje a população não tem mais confiança nos atendimentos prestados pelo sistema único. Diante desse quadro, a automedicação é vista pela população como a solução mais rápida e eficaz para o alívio dos sintomas, salientado que muitos medicamentos são acessíveis nas farmácias e sem receita médica.

Nesse viés, embora exista uma exigência quanto a venda de medicamentos seja feita com prescrição médica, não existe uma fiscalização mais rigorosa para impedir a venda sem a mesma, o que torna o acesso mais facilitado, ou seja, que haja um controle mais severo na fiscalização das vendas de medicamentos com receita como também os que não precisam dessa prescrição. Afinal quanto mais facilidade maior o consumo. Somando a isso, o governo deve investir mais na saúde, que através do ministério da saúde, poderá realizar melhorias em sua estrutura, melhorando a qualidade nos atendimentos. sendo assim, a automedicação deixará de ser a primeira opção e mais eficaz para a população doente.