Iniciante

Automedicação em debate no século XXI

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No filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” a personagem Georgette tem mania de diagnosticar doenças em si mesma e passa a maior parte do tempo ingerindo remédios por conta própria. Fora da ficção, a automedicação – utilização de medicamentos sem prescrição médica – infelizmente é muito comum no Brasil do século XXI. Assim, é necessário discutir o hábito enraizado na prática e entender como ele agrava a saúde do paciente.

Primeiramente, é notória a naturalização da automedicação na sociedade. Devido aos avanços no século XXI das tecnologias de informação, e à facilidade em encontrar farmácias em detrimento de médicos no Sistema Público de Saúde, as pessoas aderiram à prática de comprar e utilizar medicamentos por conta própria, ação muito naturalizada e expandida pelo país, a qual corrobora com a Teoria do Habitus do sociólogo Pierre Bourdieu, que afirma que o indivíduo é influenciado pelos hábitos enraizados na sociedade. Dessa maneira, a população encontra na automedicação uma facilidade de tratamento e não enxerga problema nela, tendo em vista a frequência a qual executa a ação.

Ademais, a utilização de remédios sem receitas médicas ocasiona o aparecimento e a piora de doenças. Nessa perspectiva, é visível a necessidade de uma avaliação profissional para entender qual a enfermidade manifestada e se o remédio é adequado, pois, muitas vezes, além da medicação ter efeito contrário, ela pode acarretar outro tipo de mal estar, como comprovado por pesquisas do Ministério da Saúde, as quais afirmam que, nos últimos anos, mais de 60 mil pessoas deram entrada nos hospitais por doenças causadas pela automedicação. Portanto, é notório o perigo da prática para a integridade do indivíduo, e por isso o costume deve ser erradicado.

Em virtude dos fatos mencionados, o Ministério da Saúde deve promover uma Semana da Medicação Consciente, a qual será executada por meio de palestras e distribuição de cartilhas nas escolas e nas Unidades Básicas de Saúde. A ação será realizada com o intuito de conscientizar a população a respeito dos perigos da prática e, assim, evitar a propagação da atitude e os consequentes problemas advindos dela. Destarte, o revés exposto no filme poderá ser distanciado.

OI GENTE, GOSTARIA QUE VOCÊS CORRIGISSEM NO MODELOS ENEM. SE TIVEREM ALGUMA DICA DE COMO REDUZIR O TAMANHO DAS FRASES DOS DESENVOLVIMENTOS, SERÁ MUITO BEM VINDA. É UMA DIFICULDADE GIGANTE QUE TENHO.

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4 Correções

  1. Boa Noite!
    Sua redação foi uma das melhores que eu li nesse site! Parabéns :)
    Só teve pequenos detalhes que eu achei que poderia fazer uma leve alteração!

    Introdução: Gostei do seu repertório cultural, e como você desenvolveu ele!
    =Eu não colocaria o Brasil do século XXI ”infelizmente é muito comum no Brasil do século XXI”(não achei legal),até porque o tema não especifica qual é o lugar onde possui essa ”deficiência”.

    Desenvolvimento: Gostei do argumento de autoridade do Pierre Bourdieu!
    ”Dessa maneira, a população encontra na automedicação uma facilidade de tratamento e não enxerga problema nela, tendo em vista a frequência a qual executa a ação”- Não achei legal a utilização do (Dessa maneira, não achei que teve haver com o momento),e vc utilizou também no 2°parágrafo, o que torna repetitivo.

    Conclusão ou P.I (proposta de intervenção): Gostei da sua proposta, porém o final dela não gostei muito, porque era pra ter sido mais amplo, e não citar apenas ”Destarte, o revés exposto no filme poderá ser distanciado.”- vc colocou apenas filme, porém vc poderia ter citado de novo Amélie, e comparar ela com as pessoas que tem essa ”mania” ou costume!

    Fora isso! Ficou muito bom!
    Espero que te ajude!
    PS: Citei apenas os pontos que EU achei que ficaria melhor!!!

    Qualquer coisa pode me enviar uma mensagem! Parabéns!
    Fernanda Mello……………………………………………………………………………………….

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  2. Olá, tudo be,?
    A citação da introdução ficou ótima e tem muito a ver com o tema, a tese também está be, desenvolvida, porém o último período não diz muita coisa, então poderia ser substituído pelos argumentos que serão desenvolvidos ao longo do texto.
    Seu d1 está realmente muito bom, tem consequências, repertório, parabéns
    Ah, gostei muito da citacao do Bourdieu.
    D2 também muito bom, mas senti falta de repertórios históricos ou filosóficos,, que eu, particularmente, acho mais ricos que dados, até porque na redação do enem você não vai saber o tema, então é bom ter citações coringas né
    Na intervenção, coloque um elemento coesivo de conclusão pra iniciar
    Uma sugestão é que voce faça dois períodos, um com a resolução da primeira ação e outro com a da segunda. LEMBRANDO QUE SÓ SERÁ AVALIADA UMA RESOLUÇÃO, ENTÃO VOCÊ PODE COLOCAR COMPLETA SÓ A PRIMEIRA.
    QUANTO AOS PERIODOS LONGOS, EU TAMBÉM NAO POSSO AJUDAR, POIS ESSA TAMBEM É UMA DIFICULDADE MINHA RSRSRS
    ESPERO TER AJUDADO..
    VOCÊ PODE CORRIGIR MEU ÚLTIMO TEXTO, POR FAVOR?

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  3. Sobre as frases longas: todo momento em que você sente que uma ideia se fechou e, portanto, que você sente que pode colocar um conectivo, ali é o momento do ponto final.

    Eu vejo poucos “isso” no seu texto, o que é um sintoma da sua dificuldade de quebrar frases, porque pronomes demonstrativos são essenciais pra trazer uma oração inteira a outro clima que você quer criar com os conectivos.

    Em contrapartida, há conectivos que são estáticos (mas, e, pois – com sentido de explicação), eles sempre pedem uma ligação colada com a oração anterior, separados, no máximo, por vírgula. Isso pode explicar as suas frases longas, na medida em que voce tende a escolher “mas”, em vez de “entretanto”; “e”, em vez de “ademais”; “pois”, em vez de “Isso porque” – nas causas eu não vejo como não utilizar um pronome demonstrativo, e deve haver alguma explicação para isso.

    Se a sacada para quebrar frases está no momento dos conectivos, é importante sempre estabelecer relações de sentido entre essas frases:

    No primeiro argumento, qual é a relação entre a facilidade de encontrar farmácias e os avanços informacionais? É de mera concomitância? Acasos? Enfim, se você estabelece essa relação, você uma ideia da explicação e vê sentido em colocar um ponto final, para, posteriormente, trazer a conclusão apoiada na teoria do hábito;

    No segundo argumento, você trouxe uma conclusão; depois, uma causa; depois, um suporte estatístico; por fim, uma outra conclusão. Seria melhor deixar a conclusão da necessidade de avalição médico para depois dos dados. Eu acho que você só quis trazer essa conclusão para o início porque está acostumada a usar conectivos que não se propõem a explicar já ali o seu Tópico Frasal.

    Para o escritor pode ser chatinho alterar essa ordem, mas para o corretor fica muito mais fácil entender a sua lógica com essa separação – com todas as separações, na verdade. O Enem é chato: a tese não pode ficar suspensa, o argumento tem que ser sempre na linha problematizante, a conclusão tem que ser sempre propositiva. O Enem é um grande estraga-prazeres de gente que sabe escrever.

    Uma outra observação que a Fernanda fez e eu subscrevo é sobre o tal do Brasil. Não há, pelo menos na frase-tema, qualquer elemento restritivo de tema ao contexto brasileiro, o que sugere que o tema quer uma abordagem do cenário globalizado.

    Essas indústrias farmacêuticas são internacionais, o problema é bem amplo, mas acho que um tema Enem é cada vez menos global, já que vocês treinam tanto essas propostas que exigem atuação do governo brasileiro – tô achando até muito mecânica essa forma de propor que pensa em Ministérios.

    Ahh, o Enem não costuma pregar essas peças temáticas – como falei, é chato. De toda forma, é interessante confirmar se os textos motivadores não dão indícios de que querem uma reflexão global (vá lá, um texto motivador com um ‘newyorktimes” de fonte é pra chamar atenção a isso, por exemplo).

    Era só isso o que eu queria apontar.

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  4. COMPETÊNCIA 1: 180

    1 ERRO: A palavra “mania” poderia ter sido substituída por “costume”, para aparentar mais formalidade.

    COMPETÊNCIA 2: 200

    Estrutura adequada e repertórios socioculturais bem desenvolvidos, coesos e legitimados.

    COMPETÊNCIA 3: 200

    Informações, fatos e opiniões bem desenvolvidos em todo o texto.

    COMPETÊNCIA 4: 200

    Presença constante de conectivos, raras ou ausentes repetições e sem inadequação.

    COMPETÊNCIA 5: 200

    MINHA NOTA: 980

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