AUMENTO DO SUICÍDIO ENTRE JOVENS NO BRASIL

O livro romântico do século XVIII, “O Sofrimento do Jovem Wherter”, do escritor Ghote, relata as aflições do jovem protagonista e o seu suicídio. Não tão distante da literatura, o Brasil atual vivencia uma realidade preocupante quanto ao aumento da taxa de suicídios entre jovens, tornando-se um problema de saúde pública; o qual; é motivado por causas sociais que levam a diversas implicações e à necessidade de maior abordagem.

A priori, a juventude é cercada por incertezas, decisões importantes, autoconhecimento e influências da Era Digital. O sociólogo Émile Durkhein, em seu livro “O suicídio”, ressalta que por mais que o ato pareça de caráter individual, ele caracteriza-se por fatos sociais, que circundam aquele indivíduo. Isso evidencia-se, por exemplo, no descobrimento da sexualidade, na autoaceitação da aparência, na pressão ao ingressar no ensino superior, do primeiro emprego entre outros. O ambiente externo, acentuado pelas “vidas perfeitas” do mundo virtual, fazem o adolescente se sentir insuficiente, renegando sua identidade, tanto física, quanto de sentimentos afetivos.

Consequentemente, o resultado dessa influência, leva, muitas vezes, a transtornos de ansiedade, depressão e suicídios. Segundo pesquisa de 2012, realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o autoextermínio é a segunda maior causa de mortes entre jovens no país, sendo que 90% dos casos poderiam ser evitados. Deviso a tais dados, recentemente passou-se a dar mais enfoque à problemática. Em 2015, surge o Movimento Setembro Amarelo, por intermédio do CVV (Centro de Valorização da Vida), buscando visibilizar a questão e incentivar a procura por ajuda. Essas medidas são muito relevantes, pois tantas mortes precoces, podem e devem ser evitadas.

Portanto, conclui-se que a temática é um visível problema de saúde pública, carecendo de políticas para resolução do impasse. O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, deverão promover assistência e palestras sobre saúde mental dentro do ambiente escolar. Isto, a partir da contratação de psicólogos, que irão possibilitar aos alunos conversas periódicas sobre os anseios do período. Tendo como finalidade, o combate a práticas autodestrutivas e uma consequente redução dos números de suicídios; para que o fim trágico de Wherter, não se torne uma solução para acabar com os problemas da fase juvenil.