Na série “Control Z”, a personagem Isabela é perseguida por um stalker que acaba divulgando seus segredos nas redes sociais, o que com o tempo lhe ocasiona alguns traumas psicológicos. De maneira análoga, a ficção se aproxima da realidade brasileira, tendo em vista que o assédio por intrusão está cada vez mais gradativo. Diante dessa perspectiva, percebe-se a consolidação de um grave problema, em virtude da Superexposição e a carência de leis.
Em primeiro plano, é preciso atentar para a superexposição midiática presente na questão. Conforme Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertida em mecanismo de opressão. Nessa perspectiva, pode-se observar que as pessoas atualmente usam suas imagens como meio de trabalho nas redes sociais, sendo assim inevitável que tenham controle sobre ataques feitos por stalkers que se aproveitam das informações obtidas nesses perfis para oprimir esses usuários.
Em segundo plano, surge a questão da insuficiência legislativa, que intensifica
a gravidade do problema. Até abril de 2021, o Brasil não possuía uma legislação exclusiva sobre o tema em questão, o artigo 147-A diz que perseguir alguém, ameaçando a integridade física ou psicológica, limitar a locomoção ou até mesmo invadir a liberdade e privacidade da vítima é crime, entretanto, o estado de São Paulo registra quase 700 queixas sobre o crime de perseguição no primeiro mês após a lei ser aprovada, o que mostra a importância de dar mais visibilidade ao tema em questão.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra, o MEC juntamente com o Ministério da Comunicação, devem
desenvolver palestras em escolas e universidades, a serem web conferenciadas nas redes sociais desses órgãos, por meio de entrevistas com vítimas do problema e especialistas no assunto, com o objetivo de trazer mais lucidez sobre essa temática e erradicar essa adversidade. A partir dessas ações, espera-se promover a construção de um Brasil melhor.
Pietra Cavalcante
Competência 1: Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. (200)
Competência 2: Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e
conclusão.(200)
Competência 3: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma
organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. (160)
Competência 4: Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. (160)
Competência 5: Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. (200)
Nota Final: 920
OBS: Achei incrível a menção da série “Control Z”, adoro textos que possuem essa intertextualidade.