Iniciante

Assédio moral e sexual contra a mulher no ambiente de trabalho

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Na série “Anne With an E” uma das personagens é beijada a força pelo seu pretendente, o qual, não satisfeito espalha calunias para difamar a menina na pequena cidade. Paralelamente à obra, encontra-se a situação vivenciada pelas trabalhadoras no Brasil, uma vez que as brasileiras sofrem com perseguição moral e sexual nos seus lugares de trabalho por seus chefes e demais funcionários. Desse modo, a cultura machista e a falta de atuação das escolas se tornam aspectos relevantes para a problemática.

Primeiramente, é valido destacar que o pensamento de superioridade do sexo masculino contribui para o agravamento da mazela. A partir disso, segundo a frase da filosofa francesa Simone de Beauvoir, “O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles”. Diante disso, percebe-se que o atual cenário de trabalho das brasileiras confirma a fala da filosofa, visto que, com a normalização do pensamento machista por parte dos empregadores e colegas de trabalho do local, há um agravamento da cultura da superioridade masculina que gera a violação do espaço e desrespeito ao sexo feminino. A exemplo disso, segundo uma matéria publicada no G1, em 2022, a Caixa Econômica recebeu cerca de 200 denúncias de assédios às funcionárias ocorridos na empresa entre 2019 e 2022. Logo, as trabalhadoras sofrem com violências físicas e emocionais dentro de ambientes que deferiam ser estreitamente profissionais.

Ademais, a ausência de intervenção educacional corrobora para a permanência da temática. Sob esse viés, segundo a frase da jornalista Cecilia Meireles, “A principal tarefa da educação moderna não é somente alfabetizar, mas humanizar criaturas”. Nesse sentido, constata-se que tal visão não é análoga à realidade brasileira, haja vista a inercia das escolas em atuar como inibidoras de pensamentos machistas dos discentes desde sua iniciação acadêmica, gerando assim, uma lacuna educacional na formação do caráter pessoal dos indivíduos e prejudicando suas relações com as cidadãs brasileiras. Dessa maneira, enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, a cultura machista prevalecerá na sociedade e o ambiente de trabalho feminino será inseguro para a permanência delas.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Educação -– principal órgão responsável por assuntos educacionais – criar uma disciplina voltada para a abordagem de temas de convívio social, tais como a cultura da superioridade masculina e o assédio sexual e moral, isso deverá ser realizado por meio de uma reforma na Base Nacional Comum Curricular que deverá ter como finalidade a quebra do pensamento machista e prevenção de ocorrências de perseguições contra as mulheres. Quiçá, nessa via, cenários semelhantes ao visto na obra cinematográfica “Anne With na E” não ocorrerão mais entre os membros da sociedade brasileira, principalmente em seus locais de trabalho.

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4 Correções

  1. A série “Anne With an E” retrata uma cena em que uma personagem é beijada à força por seu pretendente, que, insatisfeito, difama a menina na pequena cidade. Essa situação é semelhante à vivida pelas trabalhadoras brasileiras, que sofrem perseguição moral e sexual em seus locais de trabalho por seus chefes e demais funcionários. A cultura machista e a falta de ação das escolas são aspectos relevantes para a problemática.

    Em primeiro lugar, é válido destacar que o pensamento de superioridade masculina contribui para o agravamento dessa situação. Como afirmou a filósofa francesa Simone de Beauvoir, “O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles”. A normalização do pensamento machista pelos empregadores e colegas de trabalho contribui para a perpetuação dessa cultura, o que viola o espaço e o respeito ao sexo feminino. A Caixa Econômica, por exemplo, recebeu cerca de 200 denúncias de assédio às funcionárias entre 2019 e 2022, conforme uma matéria publicada no G1. Assim, as trabalhadoras sofrem com violências físicas e emocionais em ambientes que deveriam ser estritamente profissionais.

    Além disso, a falta de intervenção educacional corrobora para a permanência da temática. A jornalista Cecília Meireles afirmou que “A principal tarefa da educação moderna não é somente alfabetizar, mas humanizar criaturas”. Entretanto, a realidade brasileira mostra que essa visão não é análoga à realidade. As escolas não atuam como inibidoras de pensamentos machistas dos discentes desde a iniciação acadêmica, gerando uma lacuna educacional na formação do caráter pessoal dos indivíduos e prejudicando suas relações com as cidadãs brasileiras. Enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, a cultura machista prevalecerá na sociedade e o ambiente de trabalho feminino será inseguro para a permanência delas.

    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Ministério da Educação, o principal órgão responsável por assuntos educacionais, criar uma disciplina voltada para a abordagem de temas de convívio social, como a cultura da superioridade masculina e o assédio sexual e moral, por meio de uma reforma na Base Nacional Comum Curricular. Essa medida deve ter como objetivo quebrar o pensamento machista e prevenir ocorrências de perseguição contra as mulheres. Com essas ações, é possível que cenários semelhantes ao visto na obra cinematográfica “Anne With an E” não ocorram mais na sociedade brasileira, principalmente em seus locais de trabalho.

    Nota: 920 pontos (competências 1, 2, 3, 4 e 5 avaliadas individualmente)

    Justificativa:

    A redação aborda com clareza o tema proposto, apresentando argumentos e informações coerentes e relevantes para a análise da problemática. O texto apresenta uma estrutura coesa e organizada, seguindo uma linha de raciocínio clara e objetiva. A linguagem utilizada é adequada ao nível de escrita

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  2. Competências ENEM

    Competência 1(Domínio da escrita formal da língua portuguesa): 160

    Competência 2: (Compreender o tema e não fugir do que é proposto): 200

    Competência 3: (Organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista): 200

    Competência 4: (Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação): 160

    Competência 5: (Respeito aos direitos humanos): 160

    Número de Erros: 4
    Número de linhas escritas: 26
    Nota final: 870

    Comentários: Bom uso de repertórios e bom texto.
    Sugestões: Atente-se à acentuação e demasiada generalização.

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  3. Olha o texto em si está muito bom, está com dados estatísticos e bastante argumentos. Porém, em “uma vez que as brasileiras sofrem com perseguição moral e sexual nos seus lugares de trabalho por seus chefes e demais funcionários.” nesse tópico parece que você engloba todos os trabalhadores do sexo masculino e isso é meio errado ? tem algum dado que comprove que todas as mulheres em ambientes de qualquer tipo de empresa realmente sofrem assédio ou quaisquer tipos de violação ?

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