Ascensão e queda da classe média brasileira no século XXI (corrigir com as 5 competências)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) assegura, no artigo 1°, o direito à liberdade e igualdade em direitos e em dignidade. Entretanto, ao se analisar a atual situação econômica do Brasil, percebe-se que tal preceito não é plenamente seguido, uma vez que a ascensão e queda da classe média durante o século hodierno provoca não só a instabilidade social, mas também a desigualdade entre os cidadãos. Desse modo, a falta de igualdade no que tange às oportunidades de melhorias econômicas e o analfabetismo financeiro se tornam aspectos relevantes para a problemática.

Primeiramente, é valido destacar que a desigualdade de possibilidades financeiras corrobora para a temática. Sob esse viés, segundo a frase do escritor George Orwel, “Todos são iguais, mas uns são mais que os outros”. A partir disso, constata-se que a realidade atual da sociedade brasileira comprova a frase do escritor, visto que os cidadãos de classe média não possuem oportunidades de evolução iguais às da classe alta para desenvolver sua evolução econômica, o que acarreta a desigualdade social crescente no país. A exemplo disso, segundo matéria publicada no G1, em 2021, o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo contendo uma discrepância extrema entre os níveis sociais. Diante disso, os padrões de vida de cidadãos de classe média sofrerão um processo de imobilidade ou queda, o que se torna um agravante da instabilidade econômica do território brasileiro.

Ademais, a ausência de uma educação financeira nas escolas contribui para a mazela. Nesse sentido, segundo o livro “Pedagogia da Autonomia” do autor Paulo Freire, é dever das escolas abordarem assuntos que preparem os discentes para o convívio social. No entanto, as atuais instituições de ensino não fornecem uma formação acadêmica adequada sobre finanças, o que gera brasileiros despreparados para lidarem com gastos inesperados ou crescimento de renda. Dessa maneira, enquanto as autoridades forem inertes em relação ao problema, mais pessoas sofrerão com questões econômicas no Brasil.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Economia juntamente ao Ministério da Educação – principais órgãos responsáveis por gerenciar a economia e educação – implementar uma disciplina voltada à formação financeira nas escolas, por intermédio de uma reforma na Base Nacional Comum Curricular com a finalidade de proporcionar o saber e, consequentemente, oportunidades melhores para pessoas de classe média. Quiçá, nessa via, o artigo 1° da DUDH será cumprido e a desigualdade entre as classes será atenuada.