As redes sociais como meio de ativismo

Em maio de 2020, a morte de George Floyd parou a internet e gerou uma grande mobilização no mundo. Milhares de pessoas em suas postagens nas redes sociais, demonstravam indignação pelo ocorrido e o movimento “Black Lives Matter” ganhou ainda mais visibilidade. Com tamanha repercussão, entretanto, vimos uma parcela de indivíduos apenas se autobenifeciando com likes e engajamento, nos mostrando as falhas do ativismo por meio das mídias virtuais.
Em primeiro lugar, devemos ressaltar que as redes sociais vem sendo um grande aliado do ativismo durante muitos anos. Em 2018 durante o período eleitoral, por exemplo, o candidato da época e o atual presidente do Brasil, Jair bolsonaro, teve sua campanha totalmente realizada na internet, incluindo à propósito, a utilização de robôs para obter uma maior propagação das notícias, o que gerou uma forte onda de manifestações contra o candidato.
Contudo, essas manifestações apenas virtuais acabam transformando o que de fato é ser ativista. O ativismo consiste em pessoas engajadas em prol de uma causa social e a pauta proposta quando debatida apenas “online” acaba gerando uma impressão de algo figurado. Isso se dá pelo fato de que as pessoas se importam muita das vezes, com o engajamento que aquilo irá gerar e não a causa levantada de fato.
Fica claro, portanto, que é necessário grupos virtuais mais elaborados que ditam o que deve ser feito, mostrando a  forma correta de utilizar as redes sociais  incentivando inclusive, a participação de jovens, mostrando-lhes desde a escola, a importância de ser ativista, para que assim possamos construir uma futura geração de cidadãos críticos.