As redes sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º o direito a saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Entretanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa as redes sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição, o que dificulta a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro. 

Primeiramente, deve-se ressaltar a presença frequente das mídias sociais no cotidiano da população brasileira. São muitos os usuários que acabam por deixar de lado sua saúde física e mental para se submeterem às versatilidades de um aparelho eletrônico. Nesse sentido, é comum que o indivíduo exposto ao uso diário de tal artimanha acabe por se isolar nesse mundo e ser influenciado constantemente por ele. 

Ademais, sabe-se o quanto essas mídias têm o poder de induzir os sujeitos que a utilizam. Em Black Mirror, há um episódio que retrata as redes de comunicação como julgadora da população, no qual os usuários com boas avaliações possuíam mais bens e melhores condições de vida. Tal perspectiva cabe muito bem ao cenário atual quando se relaciona a influência negativa da internet para com a população. 

Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Saúde, por intermédio de propagandas nas redes sociais e por via televisora, promova atendimento psicológico para os usuários afetados a fim de manter a saúde mental dos mesmos. Assim, o Estado conseguirá desempenhar corretamente o que afirma a constituição federal em seu artigo 6º.