As novas configurações de família

     Dentre as muitas heranças trazidas pelos colonizadores para o Ocidente, destaca-se o ideário patriarcal. No entanto, à medida que o tempo passou, a cosmovisão acerca do que significa ser família foi expandindo-se e esse antigo paradigma perdeu força, dando espaço para novos estilos de parentesco. 

     Dessarte, as concepções embasadas nas tradições judaico-cristãs incumbiram na civilização o pensamento tradicionalista-estático; nesse contexto, geralmente, o núcleo de pessoas residentes do mesmo lar era restrito ao seguinte ‘’layout’’: pai, mãe e filhos em que a figura paterna é o provedor e a materna a progenitora. Todavia, nos dias hodiernos, tratar de família é lidar com diversidade. 

      Além disso, alguns dos exemplos de configurações entre os múltiplos existentes – como casais homoafetivos, família monoparental e outros – é o da família constituída por mães solteiras. Visto que, o número de mulheres que estão à frente de suas famílias como a principal fonte de renda – até mesmo a única – cresce. Dessa forma, os limites impostos em séculos anteriores não se mostram mais como parâmetros de padrão. 

     Em suma, é necessário sensibilidade para essas mudanças socioculturais, bem como o papel de ser seus apoiadores. Haja vista, de acordo com a Constituição vigente de 1988, em seu artigo quinto, a liberdade é um direito garantido a todos os cidadãos, sendo assim, cabe cumpri-la.