As manifestações populares no Brasil

As manifestações populares nos provaram ao longo da História como o povo unido em um objetivo é capaz de provocar mudanças significativas na nossa sociedade. Unida por uma causa comum, a população já foi capaz de alcançar grandes feitos por meio de protestos. Como exemplo, podemos citar o impeachment de Fernando Collor na década de 90, que se tornou o primeiro presidente da América Latina a sofrer processo de impeachment na época mencionada.

Como forma de lutar por direitos políticos, econômicos e sociais, a população encontrou como mecanismo de manifestação a presença nas ruas. Unindo vozes que juntas não podem ser silenciadas, os brasileiros já conquistaram muitos de seus direitos por meio de manifestações populares. Entre casos recentes, podemos citar a criminalização da homofobia pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2019, que foi conquistada através de muitas passeatas e mobilizações populares dos últimos anos.

Entretanto, é de suma importância frisar como a violência contra manifestantes se faz presente, tanto nos dias atuais como em épocas passadas. Em 1968, manifestações populares contra a ditadura militar no Rio de Janeiro levaram a morte de um estudante da USP e várias agressões por parte da polícia e de grupos contrários à mobilização. Décadas depois, em 2020, ocorreu no país diversos protestos em oposição à violência policial contra pessoas negras. Durante as passeatas e reivindicações pela igualdade racial, policiais armados atacaram pessoas que se posicionavam nas ruas, entre elas um senhor idoso, que foi empurrado por um policial e tendo de ser levado às pressas ao hospital. Assim, é evidente como a violência contra manifestantes é um problema que vem sendo negligenciado através do tempo.

Com o objetivo de valorizar as marchas populares e conter a violência policial, é necessário que os professores da rede pública e privada organizem aulas voltadas para a importância da liberdade de expressão e manifestações sociais, a fim de conscientizar os jovens a respeitar o ponto de vista do próximo e não usar da violência para reprimir a liberdade do outro. Além disso, é de suma importância a revisão de políticas de segurança pública, onde deve ficar constatado penas mais severas àqueles que usam de métodos violentos para conter manifestações sociais.