As limitações do SUS no contexto da Covid-19

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   A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), como uma política para todos, constituiu-se uma importante conquista da sociedade brasileira no século XX. Sobreposto a esse contexto, hodiernamente, o SUS tem o difícil desafio de conter os danos na saúde pública brasileira diante da pandemia de Covid-19. Nesse panorama, as adversidades do SUS no enfrentamento contra o “inimigo invisível” limitam-se com a negligência governamental expressiva  e uma infraestrutura precarizada para receber os infectados. Destarte, faz-se crucial analisar os fatores que favorecem esse quadro social alarmante.      

   A princípio, é oportuno evidenciar a estigmatização do governo em acatar o combate efetivo à saúde pública. Nesse sentido, conforme o IBGE, quase 72% da população depende dos recursos advindos desse programa de saúde. Diante do exposto, torna-se perceptível mensurar o impacto social, na medida que o governo não atribui auxílios contra saturação dos atendimentos, bem como na disposição de utensílios, por exemplo, respiradores e vacinas – que são fundamentais – muitas vezes deixam de ser disponibilizados no SUS decorrentes da carência de verbas. Segundo o conceito Instituição Zumbi, do sociólogo Zygmunt Bauman, o Estado perdeu sua função social, o que revela a fuga da integridade da saúde pública. 

   Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é elementar debater sobre as irregularidades estruturais da saúde pública no Brasil. Na série “Sob Pressão”, produzida pela Rede Globo, é retratado o drama da rotina de uma equipe de emergência em um hospital público, onde há falta de estrutura humana e material. Para além das telas, a realidade do SUS não é distanciada da série, uma vez que a escassez de profissionais qualificados afeta os indivíduos que precisam de assistência imediata. Conforme o filósofo francês Émile Durkheim, a ausência de normas na sociedade promove uma anomia, o qual torna nociva a discrepância na distribuição desses técnicos. Assim, infelizmente, o corpo social brasileiro torna-se vítima de seus próprios direitos que não são viabilizados corretamente.

   Fica claro, portanto, a necessidade de um maior enfoque no Sistema Único de Saúde da nação verde e amarela em coibir a dimensão pandêmica da Covid-19. Portanto, o Poder Judiciário, por meio de uma fiscalização prevista em lei, deve executar investigações mensais, para inteirar-se da carência de finanças governamentais e se estão sendo devidamente destinadas, com o propósito de garantir o respaldo do dinheiro gasto destinado à saúde pública. Ademais, o Governo deve disponibilizar concursos públicos anualmente, promovendo um maior contingente de profissionais, a fim de atender a demanda de forma eficiente. Dessa forma, a população brasileira terá, de fato, o SUS: uma política a todos.

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  1. A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), como uma política para todos, constituiu-se uma importante conquista da sociedade brasileira no século XX. Sobreposto a esse contexto, hodiernamente, o SUS tem o difícil desafio de conter os danos na saúde pública brasileira diante da pandemia de Covid-19. Nesse panorama, as adversidades do SUS no enfrentamento contra o “inimigo invisível” limitam-se com a negligência governamental expressiva e uma infraestrutura precarizada para receber os infectados. Destarte, faz-se crucial analisar os fatores que favorecem esse quadro social alarmante.
    A princípio, é oportuno evidenciar a estigmatização do governo em acatar o combate efetivo à saúde pública.(5) Nesse sentido, conforme o IBGE, quase 72% da população depende dos recursos advindos desse programa de saúde. Diante do exposto, torna-se perceptível mensurar o impacto social, na medida que o governo não atribui auxílios contra saturação dos atendimentos(6), bem como na disposição de utensílios, por exemplo, respiradores e vacinas – que são fundamentais – muitas vezes deixam de ser disponibilizados no SUS(7) decorrentes da carência de verbas. Segundo o conceito Instituição Zumbi, do sociólogo Zygmunt Bauman, o Estado perdeu sua função social, o que revela a fuga da integridade da saúde pública. (1)

    1 – Parabéns pelo excelente domínio da modalidade escrita formal.
    5 – Penso que você está se preocupando muito com a complexidade das palavras, e por isso está construindo algumas frases sem sentido. Essa frase, por exemplo, está sem sentido, pois você afirma que o Governo acata(cumpre) um combate à saúde pública, mas na verdade o combate seria contra as doenças e não contra a saúde.
    6 – Explique o que é saturação dos atendimentos.
    7 – (, em decorrência da carência de verbas)
    Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é elementar debater sobre as irregularidades estruturais da saúde pública no Brasil. Na série “Sob Pressão”, produzida pela Rede Globo, é retratado o drama da rotina de uma equipe de emergência em um hospital público, onde há falta de estrutura humana e material. Para além das telas, a realidade do SUS não é distanciada da série, uma vez que a escassez de profissionais qualificados afeta os indivíduos que precisam de assistência imediata. Conforme o filósofo francês Émile Durkheim, a ausência de normas na sociedade promove uma anomia, o qual(2) torna nociva a discrepância na distribuição desses técnicos.(3) Assim, infelizmente, o corpo social brasileiro torna-se vítima de seus próprios direitos que não são viabilizados corretamente.(4) (5)
    2 – a qual
    3 – Faltou explicar o conceito de anomia, e também explique o que é discrepância na distribuição dos técnicos.
    4 – Não é possível ser vítima de direitos, então é melhor afirmar que a sociedade tornou-se vítima da violação de seus direitos.
    5 – Você escreve bem e tem bons argumentos, além de que foi positivo você ter colocado as duas abordagens na introdução(falta de infraestrutura e negligência governamental) e ter seguido corretamente esse projeto no desenvolvimento, parabéns. Apenas se atente a não ser incoerente por buscar frases rebuscadas, e não deixe informações incompletas, tenta pensar que seu corretor não sabe de nada e você precisa explicar detalhadamente o que você quer dizer pra ele.
    Fica claro, portanto, a necessidade de um maior enfoque no Sistema Único de Saúde da nação verde e amarela em coibir a dimensão pandêmica da Covid-19. Portanto, o Poder Judiciário(agente), por meio de uma fiscalização(meio) prevista em lei, deve executar investigações mensais(ação), para inteirar-se da carência (finalidade)de finanças governamentais e se estão sendo devidamente destinadas, com(detalhamento) o propósito de garantir o respaldo do dinheiro gasto destinado à saúde pública. Ademais, o Governo(agente) deve disponibilizar concursos públicos(ação) anualmente, promovendo um maior contingente de profissionais(finalidade), a fim de atender a demanda de forma eficiente(detalhamento). Dessa forma, a população brasileira terá, de fato, o SUS: uma política a todos.

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  2. Olá! Não sou expert em redação, mas conforme critérios do Enem, vejamos:

    Domínio da norma padrão da língua portuguesa. … Bom!
    Compreensão da proposta de redação. … Bom!
    Seleção e organização das informações. … Bom!
    Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto. … Bom!
    Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos. Excelente! Foi direto ao ponto do dever do Estado de fiscalizar, nas devidas competências de cada autarquia, sem desvios de finalidade. Cansei de ler por aí que MEC deve resolver os problemas do mundo com campos de concentração escolares.

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