As epidemias e suas consequências sociais

A ocorrência de epidemias na sociedade atual não é algo recente, tendo em vista que é um problema histórico pois ocorre desde o período Medieval. No século XIV na Europa, por exemplo teve-se uma epidemia de peste negra responsável pela morte de 1/3 da população.

No Brasil, este problema apresenta-se também de forma histórica, tendo em vista que no século XIX, na obra de Aluísio Azevedo apresentava-se os problemas decorrentes da falta de condições básicas de vida nos cortiços do Rio de Janeiro. A população vivia em pequenas casas, insalubres e assoladas pela desigualdade social e de renda sofriam com a disseminação de doenças.

As epidemias que assolam a sociedade acabam atingindo a população que tem menor acesso a saúde pública gratuita e de qualidade. Além disso, ressalto que as epidemias atuais têm como origem a própria desigualdade social, tendo em vista que os bairros e comunidades de classes menos abastadas não apresentam condições mínimas de habitação tais como saneamento básico, água encanada, recolha e destinação correta do lixo.

No Brasil as epidemias ocorreram no passado e persistem no presente. Vale mencionar aqui a epidemia de varíola ocorrida em 1904, no Rio de Janeiro e que resultou na tão conhecida “Revolta da Vacina”, que por falta de maior conscientização da população sobre a importância da vacina, desencadeou o conflito.

Neste sentido acredito que uma das formas de combater as epidemias que assolam a população será uma maior conscientização da população sobre a importância de fazer as vacinações necessárias, como também mudanças instituídas pelo Ministério da Saúde na saúde pública buscando proporcionar o acesso a vacinação nas áreas de difícil acesso, aumentando assim a imunização. Faz-se necessário também maiores investimentos na infraestrutura dos bairros investindo em saneamento básico, tratamento de água, esgoto e recolha do lixo urbano de forma adequada, evitando a proliferação de doenças.