AS ENCHENTES NAS GRANDES CIDADES

Com a decadência do café no século XIX, uma nova economia ganhou espaço no cenário brasileiro, a industrialização. Esse novo processo econômico, diferentemente do que ocorreu nos países desenvolvidos, deu origem a cidades não planejadas, que mais tarde, possibilitariam o surgimento de problemas que repercutem na realidade das metrópoles brasileiras do século XXI, tais como as enchentes. No entanto, apesar de ter origens históricas, essa problemática também sofre influência e intensificação do modo de vida da sociedade.
A ausência de planejamento estrutural das cidades brasileiras, embora com início no passado, perdura até os dias atuais por meio dos governos subsequentes. O aumento da hipermeabilização do solo, decorre, principalmente, das medidas tomadas desde o presidente Jucelino Kubitschek, que ao intensificar a indústria automobilística aumentou o número de áreas asfaltadas nas grandes cidades sem manter as áreas florestais, o que por sua vez, influencia diretamente nas inundações que ocorrem na atualidade.
Ademais, tem-se a influência das mazelas socioeconômicas da sociedade e a especulação imobiliária nos alagamentos. Estes dois fatores, associados a ineficácia do governo quanto a sua resolutividade favorecem o deslocamento da população mais carente para as áreas de encostas, que além de serem lugares perigosos são mais propícios a sofrerem com cheias devido a baixa infraestrutura.
Embora sejam inúmeras as causas para que este fenômeno aconteça, a ação antrópica o intensifica. Um dos grandes desafios para superar esta problemática é quanto a conscientização da sociedade brasileira, visto que esta descarta lixo em locais inapropriados e cortam árvores próximas a sua residência para a construção civil, possibilitando assim, a maior número de enchentes.
Com base nisso, portanto, são necessárias a tomada de algumas medidas para a minimização do problema, dentre elas, a ação em conjunta da sociedade juntamento com o Ministério do Meio Ambiente no plantio de árvores perto de encostas e margens de rios a fim de diminuir o número de inundações nas metrópoles. Outrossim, palestras nas escolas oferecidas por professores sobre o meio ambiente, desenvolvendo, assim, o senso crítico na sociedades, sobre descarte correto de lixo e a atenuação das enchentes no Brasil.