As dificuldades para o aumento das doações de orgãos no Brasil

Segundo o pensamento de Maquiavel, não há nada mais difícil do que tomar a frente na introdução de uma mudança. Esse panorama exemplifica as dificuldades para o aumento da doação de orgãos no Brasil, visto que considera-se uma decisão complexa e pouco discutida na sociedade, o que promove a falta de informação diante da família e escassez de infraestrutura hospitalar regularizada. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.
Sabe-se que o transplante de orgãos é um assunto de grande impacto e pouco discutido diante da sociedade brasileira. Desse modo, a falta de informação abrange questionamentos plausíveis, aumentando a taxa de recusa familiar perante a doação. Segundo o Datafolha, o balanço entre 2010 e 2016 aumentou significativamente em 25% na recusa dos orgãos.
Além disso, a infraestrutura hospitalar reflete de modo negativo no Brasil, visto que o sistema apresenta falhas e exige uma série de cuidados, principalmente visando a importância da doação de orgãos. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), normalmente, apenas 20% dos orgãos doados podem ser reutilizados, visto que a infraestrutura de diversos hospitais não são regularizadas.
Infere-se, portanto, que as dificuldades para o aumento da doação de orgãos é uma problemática para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo criar, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o funcionamento do transplante. Ademais, é vital a melhoria do sistema hospitalar, pelo ministério da saúde, com o fito de implementar equipamentos e insumos, a fim de aumentar a taxa de doadores e transplantes realizados com sucesso. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhoria na saúde do Brasil.