Na série La Casa de Papel, o escritor Aléx Piña retrata um grupo de assaltantes que roubam a casa da moeda espanhola. Mostrando as diferentes personalidades, o personagem Berlim ficou muito famoso por seu tom egocêntrico e misógino, sendo aclamado pelos fãs. Exageros à parte, nota-se que produções midiáticas acabam romantizando crimes, trazendo consequências à sociedade.
Com o grande acesso à informação proveniente da mídia, indivíduos conectados são influenciados em diversos contextos, como uma atração por fatos hediondos. Além do personagem Berlim, pode ser citado o documentário “Elize Matsunaga” produzido pela Netflix em 2021. Este traz a versão de Elize que assassinou e esquartejou o marido justificado por uma traição amorosa. Contudo, acaba insinuando que a violência é uma forma de resolver problemas de relacionamento.
De acordo com o escritor, filósofo e crítico francês Jean-Paul Sartre “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”. Todavia, em oposição ao pensamento de Sartre, a violência torna-se uma solução aceitável para aqueles que idolatram assassinos como a do caso Matsunaga. Isso evidencia uma sociedade doente sem noção das consequências de seus atos.
Analogamente, romantizar assassinos tornou-se “trends” em aplicativos como o Tiktok. Isto é, retratar crimes como explicação de problemas fúteis é tendência principalmente entre jovens, o que motiva ao ato e à defesa de culpados em crimes reais.
Em suma, conteúdos vindos da mídia que influenciam a uma visão aceitável sobre crimes romantizando-os, são responsáveis por consequências na sociedade atual. Sendo assim, faz-se necessário uma providência que mostre a má conduta de quem comete crimes bem como efeitos dos mesmos, possibilitando assim tratar as doenças da sociedade. Para isso, o Estado através de meios de comunicação em massa devem compartilhar informações sobre os crimes ocorridos, trazendo a visão da própria vítima e/ou de seus familiares. Somente dessa forma personagens como o Berlim não serão romantizados pelos seus atos.
Willyans
Olá. Vou corrigir de acordo com o modelo do Enem.
Introdução: parágrafo bem contextualizado e direto, porém tente colocar nesse parágrafo oq vc irá falar no desenvolvimento.
Desenvolvimento: vc tem bons repertórios, mas vc acaba deixando esse parágrafo mais expositivo do que dissertativo-argumentativo. Vc poderia citar o caso da Eliza e argumentar mais sobre as consequências da romantização dele, veja que vc só problematiza isso no final, deixando seu argumento raso. Te aconselho a fazer apenas 2 parágrafos de desenvolvimento, a maioria das redações nota 100 seguem esse padrão.
Conclusão: tente ser mais direto, respondendo as cinco perguntas que fazem vc alcançar a nota máxima nesse parágrafo: Agente, Ação, Detalhamento, Meio/modo, finalidade.
Nota: 720
Natally
Oi, tudo bem?
Primeiramente tente separar seu texto em apenas 4 parágrafos, um pra introdução, dois para desenvolvimentos e um pra conclusão.
Na introdução você poderia introduzir os seus argumentos, ou seja, o que você vai abordar nos D1 e D2
Suas analogias às séries ficaram massas mas atente-se a argumentar também. Se você só fala sobre a série o parágrafo fica expositivo e não é isso que queremos.
Muito bacana você ter trazido o tik tok tbm, é algo bem atual e é muito evidente a romantização de crimes nesse app. Cê podia ter focado mais nisso, tenta deixar um parágrafo de desenvolvimento só pra falar sobre isso, certeza de que vai ficar muito bom.
Na conclusão você não deve argumenta tanto, o ideal é só mostrar sua proposta de intervenção. Tenta usar (agente/ação/meio-modo/finalidade/detalhamento), isso vai te ajudar a formular uma conclusão bem organizada.
Você fechou a redação com a citação da série inicial o que é ótimo pq deixa o texto cíclico.
Por fim, tem pequenos probleminhas que corrigidos podem te garantir uma nota ótima.
Continue praticando, você está no caminho certo. Boa sorte!!!!