As consequências da prática do bullying nas escolas brasileiras

No livro “Utopia”, de 1516, o filósofo Thomas Morus propõe uma sociedade ideal e perfeita. Nela pontua-se a ausência de conflitos e da adversidade, o que vem, desde então, inspirando as civilizações ocidentais. Contudo, a prática de bullying nas escolas tem feito o Brasil se afastar desse lugar utópico. Nesse prisma, é importante analisar a evasão escolar e as consequências dos transtornos psíquicos causados por essa opressão, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz.

De início, é visível que o bullying se baseia na ideia de que a violência é um método de obter poder perante quaisquer minorias. Verifica-se isso na atual situação da Comissão da Anistia, que investiga até os dias de hoje os crimes políticos da época da Ditadura, na qual houve tortura e até morte de inocentes por conta de ideias minoritárias que eram perseguidas pelo governo. Não por acaso, tal ideia de efetividade da violência se espalhou no âmbito escolar, onde alunos se acham no direito de reprimir, violentar e perseguir outros colegas de classe, mas esse comportamento acaba gerando uma evasão escolar, onde os alunos que foram motivo dessa provocação, se encontram desmotivados ou com medo de frequentar o colégio por conta da humilhação vivenciada.

Além disso, o filme “Elefante” de Gus Van Sant, retrata a tragédia de Columbine, onde dois alunos, motivados pelo bullying, realizaram um massacre em um colégio, matando 12 alunos e 1 professor. Essa chacina foi a inspiração do crime ocorrido em 2017 em uma escola em Goiânia-GO, onde somente 2 pessoas foram mortas. Visto isso, é possível perceber o quanto que essa provocação em locais escolares pode causar transtornos psíquicos nas vítimas que, se não levados a sério e tratados da maneira correta, podem levar a acontecimentos trágicos como estes.

Torna-se evidente, portanto, que as consequências da prática de bullying nas escolas do Brasil exige medidas exequíveis para ser aniquilada. Nesse prisma, é imprescindível que a mídia, como orgão responsável pela divulgação de informações, crie campanhas mostrando que o abandono do ensino não é a melhor forma de combater essa importunação. Outrossim, é preciso que o Ministério da Educação, órgão responsável pela educação do nosso país, junto com o Poder Legislativo, encarregado de criar leis, passe a exigir a contratação de psicólogos em escolas, por meio de leis para mostrar que é necessário e importante ter esse apoio académico, e assim diminuir os problemas psicológicos causados dessa coação. Dessa forma, será possível termos uma sociedade ideal e perfeita descrita por Thomas Morus.