As consequências da falta de reconhecimento paterno no Brasil. (Alguém corrige, por favor!)

Na obra “A cidade do Sol” do filósofo renascentista Tommaso Campanella é representada uma cidade perfeita e isenta de conflitos. Fora do universo literário, quando analisado o hodierno âmbito brasileiro, observa-se a contrariedade, uma vez que uma parcela da sociedade sofre com as consequências da falta de reconhecimento paterno no brasil. Logo, estende-se que a sobrecarga sobre as mulheres e os impactos afetivos nas crianças aumentam.

Em primeira análise, evidencia-se que o acréscimo da responsabilidade que recai sobre as mães é um dos fatores que mais agravam com o abandono paterno. De acordo com a filósofa Hannah Arendt, com seu conceito “Banalidade do mal”, o pior mal é aquele visto como algo cotidiano. Desse modo, o abandono dos pais tem se tornado cada vez mais vigente ao decorrer dos anos com a ideia machista idealizada pelo patriarcado, no qual as tarefas domésticas, dentre elas a criação dos infantes, é limitada ao sexo feminino, ocasionado o papel de mãe e pai às mulheres.

Além disso, é notório os problemas causados na vida das crianças pela ausência do pai. Dessa maneira, é preciso pontuar a teoria de Sigmund Freud, pai da psicanálise, chamada de Fases Psicossociais, a qual é construída ao longo da vida de cada pessoa a partir da sua vivência com a figura de autoridade, geralmente opostas como mãe e pai. Ou seja, o distanciamento de um dos pares, podem causar problemas psíquicos ao mais novos que não foram preparados para lidar com o vazio deixado pela omissão masculina, trazendo danos na formação do indivíduo.

Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham atenuar as consequências deixadas pelo abandono paterno. Dessa forma, a mídia, principal órgão responsável pela disseminação de informações, deve criar campanhas de paternidade por meio das redes sociais e, com o apoio do Ministério da Saúde realizar palestras com psicólogos nas escolas, a fim de diminuir os problemas causados pelo descaso paternal. Assim, a utopia apresentada na obra A Cidade do Sol ficará mais próxima da realidade atual.