As barreias, ainda em voga, entre um mundo sem preconceito e o atual

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Segundo o filósofo polonês Zygmunt Bauman “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a ela”. Sob tal ótica, entra em evidência que – diante ao preconceito de etnia, ainda, vigente na sociedade – o Brasil, no hodierno cenário global, propende-se a apresentar respostas negativas, visto que a não responsabilização dos causadores desse panorama propulsiona desde a discriminação dos afro-descentes a até ataques violentos a esse grupo. Destarte, sendo imperiosa a ampliação de medidas com o fito de atenuar, ou até mesmo liquidar, este imbróglio.

Em primeiro plano, é imperativo salientar como a falta de vigilância da legislação, já atuante, por parte da esfera pública, corrobora para a exacerbação do problema. Partindo desse pressuposto, é inegável que o atual contexto vai de encontro com uma das ideologias defendidas pelo filósofo francês e dramaturgo Jean-Paul Sartre que afirma que o homem é um ser condenado a ser livre, portanto, sendo diretamente responsável por tudo o que faz. Neste viés, fica perceptível que o convívio, saudável, em sociedade reclama encargos a cada indivíduo, sendo de grande valia caucionar que o não cumprimento desses requisitos retarda a resolução do empecilho, contribuindo para a perenização desse quadro deletério.

Em segundo lugar, é valido reconhecer como o contexto supracitado é capaz de ocasionar a discriminação ou até mesmo violentos ataques aos negros. Acerca disso; é pertinente deslocar, ao assunto, o conceito de Isaac Newton – físico e matemático inglês – o qual conceitua a Lei da Inércia, que defende que um corpo tende a permanecer parado, ou em movimento, até que uma força, maior, atue sobre ele. De maneira análoga, a isenção dos casos de preconceito e de agressões, desde os verbais aos físicos, sem a devida aplicação de deliberações, vai contra os ideais de Newton; dado que se as condições atuais permanecerem, o convívio em sociedade – daqui a alguns – apenas tende a se tornar nocivo à própria população. Fazendo-se mister, portanto, a dissolução dessa conjuntura de forma emergencial.

Depreende-se, em suma, a premência de providências a fim de mitigar essa problemática. Logo, cabe ao Ministério da Educação – ramo do Estado responsável pela formação civil – implementar nas escolas, desde a tenra idade, a matéria de Educação Cultural, de cunho obrigatório em função da sua importância, além de difundir campanhas instrucionais, por intermédio das mídias de grande alcance, com o – principal – objetivo de apresentar as, inevitáveis, diferenças entre as culturas e os benefícios do contato entre elas. Ademais, compete às pessoas denunciarem qualquer tentativa, ou efetivação, de atos de preconceito originados da divergência de etnia. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que foi apregoado pelo, também professor e sociólogo, Bauman.

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1 Correção

  1. Olá
    Sua redação ficou excelente, você contextualizou muito bem em seu primeiro paragrafo, soube usar bem as palavras a seu favor. Entretanto, pude perceber, que você coloca em excessos palavras robustas, que são palavras na norma culta, porem difícil de entender para maioria das pessoas. Sugiro que, se caso for colocar em outros veículos publicitários, utilize com menos frequência esses tipos de palavras, para que seja mais fácil o entendimento do leitor.
    Ademais, seu texto é brilhante e tem muito potencial pra chegar na nota 1000!
    Boa sorte, sucesso!

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