Analfabetismo funcional no Brasil

(se possível avaliem segundo as competências do ENEM)

No livro “Vidas Secas” do autor brasileiro Graciliano Ramos, é narrada a vida de uma família sertaneja, que tem como patriarca Fabiano. Ele sempre fica desconfiado quando vai receber o salário, pois seu patrão apresenta diversos cálculos, que o vaqueiro não entende, para justificar a redução da sua remuneração. Fora das páginas, essa é a realidade de um grande números de brasileiros, denominados analfabetos funcionais. Essa parcela da população cresceu incapaz de interpretar textos e efetuar operações matemáticas, devido ao sistema educacional visto como desinteressante pelos alunos, e à escassez de incentivo à leitura.

Em primeiro lugar, faz-se necessário frisar a falta de dinâmica do processo de lecionar do Brasil. Por conseguinte, vê-se um descomprometimento de considerável parcela da camada juvenil da sociedade diante dos estudos, resultado de um padrão de ensino estático por décadas, que ainda não se adaptou às condições contemporâneas. Neste contexto, adolescente chegam à idade adulta desprovidos de conhecimentos vitais que alavancariam sua qualidade de vida, já que os conteúdos vistos na escola só pareciam importantes até o fim do bimestre. Dessa forma, a seguinte proposição do filósofo grego Platão encontra-se exemplificada: “O conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito tempo”.

Ademais, é mister ressaltar que a essencialidade da leitura está sendo negligenciada cada vez mais. Causada pelo surgimento de novas tecnologias, a diminuição do hábito de ler torna os indivíduos alienados, ausentes de caráter crítico e incapazes de compreender temas relevantes na sociedade. Segundo o pensador alemão Immanuel Kant, “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”, logo, o não consumo de livros distancia os seres humanos da contemplação de seus desejos.

Portanto, medidas são necessárias para extinguir o analfabetismo funcional no Brasil. Para tornar tanto a leitura, quanto as aulas, mais atrativas aos jovens, urge que o Ministério da Educação disponibilize, por meio das redes sociais, livros digitais que chamem a atenção e entretenham os estudantes, incentivando-os a ler frequentemente. Além de oferecer palestras direcionadas aos professores visando propor aulas mais eficientes. Com isso, espera-se que, nos próximos anos, nenhum brasileiro esteja na mesma condição de analfabeto funcional em que Fabiano, de “Vidas Secas”, se encontra.

(No papel deu 30 linhas)

Agradeço a todos que poderem me ajudar!