Analfabetismo funcional

Durante a Idade Média, apenas a nobreza tinha acesso à educação. Entretanto, esse recurso tornou-se um direito humano, apesar de somente as camadas mais altas da sociedade poderem usufruir de um ensino de qualidade. Por conta disso, uma grande parcela do tecido social é analfabeto funcional, trazendo diversos problemas que acabam refletindo no resto da família e sendo necessária a tomada de medidas.

Em primeira análise, as escolas públicas apresentam ensino defasado, além de sofrerem com greves e falta de investimentos governamentais. Essa desigualdade educacional torna-se evidente com a análise dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, segundo os quais 65% dos alunos do 5° ano de instituição pública não sabem reconhecer formas geométricas básicas e 90% dos estudantes do 9° ano não aprenderam a converter medidas. Por consequência dessa precariedade no ensino, grande parte dos adolescentes de classe baixa possuem extrema dificuldade de ingressar em uma faculdade e estão sujeitos a recorrer ao trabalho informal.

Ademais, crianças de famílias cujos pais são analfabetos funcionais apresentam uma tendência de seguirem o mesmo caminho, já que a maioria precisa ajudar os pais no sustento da família, de modo que não conseguem dedicar tempo suficiente aos estudos. Um exemplo dessa situação são os filhos de Fabiano e Sinha Vitória, do livro Vidas Secas, que não podem ir à escola por terem de trabalhar para ganharem o mínimo e garantir a sobrevivência da família.

Em suma, grande parcela do tecido social brasileiro de baixa renda é ignorante devido às péssimas condições educacionais. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Educação, por meio da reforma do ensino público, estabeleça o reforço das matérias básicas que serão importantes na formação do aluno através de aulas mais dinâmicas e com exemplos reais, para que o ensino seja eficiente.

(Se puderem dar uma nota baseado nos critérios de correção, eu agradeceria :D)