Analfabetismo Digital no Brasil.

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratado uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Conquanto, em pleno século XXI, é justamente o contrário que se observa no Brasil, quanto à questão do analfabetismo digital. Nesse sentido, é imperioso a análise da negligência governamental e má influência midiática que corroboram para esse quadro.
Em primeira análise, é indubitável que a insuficiência de medidas governamentais é contribuinte do analfabetismo digital. No entanto, vale abordar o problema com ênfase na Constituição Cidadã de 1988, que prevê, em seus artigos, direitos e bem-estar social, de modo à alcançar a harmonia e equidade da população. Sendo assim, nota-se que a falta de apoio governamental para inclusão de uma taxa populacional, onde, não sabe utilizar os meios digitais na era tecnológica, dificulta a universalização desse documento jurídico tão importante.
Ademais, é notório que a má influência midiática também colabora para o imbróglio. Dessa forma, vale salientar a ideologia do sociólogo Pierre Bourdeu, em que, afirma que o que foi criado como instrumento de democracia não deve ser mecanismo de opressão. Contudo, o cenário atual da sociedade, rompe com essa idéia, pois os meios de comunicação mostra uma visão distorcida da situação, ao invés de elevar o nível de informações dos cidadãos a respeito da importância da alfabetização digital para o equilíbrio e igualdade do Brasil.
Em virtude dos fatos mencionados, é imperativo a intervenção de ações que contenha à problemática. Portanto, cabe os Ministérios da Educação e Comunicação, com apoio de ONGS e escolas, elaborarem medidas, por meio de dinâmicas e palestras com especialistas no assunto, afim de ensinar as pessoas a utilizarem os meios digitais. É possível também, criar uma campanha, por meio de vídeos nas redes sociais, comparando o tratamento que a mídia dá com relatos de pessoas excluídas da era digital, por não saber utiliza-lá. Nesse âmbito, talvez seja possível construir uma sociedade que o escritor Thomas More e o autor Pierre Bourdeu pudessem se orgulhar.