Analfabetismo Digital

Segundo Omar Bradley, general do exército dos EUA, “Se continuarmos desenvolvendo nossa tecnologia sem sabedoria ou prudência, nosso servo pode acabar se tornando nosso carrasco.” Por interpretação, no Brasil, ainda que a humanidade tenha evoluído tecnologicamente, boa parte da população continua estagnada no conhecimento antigo, dificultando, assim, a globalização dessa transição digital. Com isso, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeiro plano, vale ressaltar a impunidade presente na questão da “exclusão digital”. De acordo com a pesquisa Tic Domicílios, mais de 15 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso à internet, o que representa 1 a cada 4 pessoas no país. Diante disso, observa-se que o governo falha ao não cumprir seu papel como agente fornecedor de direitos mínimos. Consequentemente, vários habitantes persistem sem acesso a equipamentos relacionados à informática, por causa da insuficiência financeira.
Outrossim, é importante alertar sobre as “fake news”. Conforme o estudo “Iceberg digital”, realizado pela Kaspersky, empresa global de cibersegurança, apenas 38% dos brasileiros não conseguem reconhecer uma notícia falsa. Nesse contexto, vê-se que a maioria das pessoas não se conscientizaram em sentido da gravidade de tal problema, no que pode acarretar num grande equívoco futuramente.
Depreende-se, portanto, que medidas precisam ser tomadas para corrigir essa situação preocupante. Logo, o poder público, por meio do ministério da educação, deve implementar novos cursos técnicos gratuitos, com o objetivo de especializar todos os cidadãos. Por conseguinte, a sociedade brasileira poderá progredir gradativamente.