Anafalbetismo no Brasil

Durante a idade média, apenas altos membros da sociedade tinham acesso à educação, a igreja restringia-a para ter-se um melhor controle sobre a população. Desde então, o conhecimento vem se tornado mais acessível à maioria, graças aos avanços sociais e tecnológicos que a humanidade vem presenciando. Hodiernamente, é nítido o fato de que ainda há muitos que não dispõem sequer de alfabetização básica no Brasil. Grande parte dos que não possuem tal ensino são pessoas que apresentam alguma vulnerabilidade socioeconômica, além de vivenciarem grandes dificuldades de inserirem-se à sociedade, que é predominantemente letrada e grafocêntrica.
Em primeira análise, destaca-se a relação entre vulnerabilidade socioeconômica e o analfabetismo entre os brasileiros. De açordo com o IBGE, em 2014, regiões mais desenvolvidas, como o sul e sudeste, apresentam as menores indicadores de iletrados entre sua população (12,7% e 13,8% respectivamente), enquanto o norte e nordeste já demonstram taxas mais mais elevadas (20,4% e 27,1% respectivamente). Logo, constatasse que áreas mais pobres tendem à sofrer mais com tal problema.
Em segunda análise, vê-se que há dificuldade para pessoas que não tiveram uma educação apropriada em integrarem-se à sociedade. Indivíduos com um maior domínio da escrita e leitura possuem mais facilidade de obterem empregos melhores, enquanto os desprovidos de tal privilégio acabam tendo que recorrer, muita das vezes, aos empregos que são insalubres e que apresentam baixa remuneração. Tal conjuntura é intensificada se levarmos em conta que grande parte do ensino de qualidade acaba sendo adquirido por aqueles que possuem condições financeiras melhores. Assim, consta-se a grave disparidade de acesso à educação e suas consequências para aqueles que não à possuem.
Dessarte, indubitavelmente, é preciso garantir um ensino que qualidade para aqueles que não tiveram a oportunidade de usufruí-lo. Assim sendo, cabe ao estado a ação de aumentar seus investimentos na educação, promovendo um aumento no número de escolas públicas com um ensino de qualidade, focando em estados que apresentam maiores graus de pobreza. Em extensão, cabe às ONGs o ato de incentivar jovens e adultos que não tiveram uma alfabetização adequada a buscarem tal direito, incentivando o domínio da escrita e da leitura. Com isso feito, constituir-se-á um Brasil de mais oportunidades para aqueles que antes não possuíam acesso à educação de qualidade.