Amazônia em perigo

De acordo com a Constituição Federal de 1988, um meio ambiente equilibrado é direito e dever de todos.No entanto, esse direito vem sendo inflingido de diversas maneiras nos ultimos ano,pois o país tem sofrido constantemente com a degradação florestal, causada em grande parte das vezes pelos incêndios florestais. Dentre tantas causas relevantes a essa temática pode-se destacar: O avanço exponencial da fronteira agrícola e o déficit estatal acerca do cumprimento das legislações ambientais.

Sabe-se que, o avanço da fronteira agrícola está diretamente ligado a uma necessidade de aumento no quantitativo de produção alimentar. De acordo com a FAO, estima-se que em 2050 será necessária um produção alimentar 60% maior que a atual, fato esse intimamente ligado ao crescente aumento populacional em todo o globo terrestre. Em contrapartida,  o aumento de novas áreas desmatadas para produção, através de incêndios florestais (que além de ser uma prática de desmatamento cultural é a menos onerosa), tende a ser cada vez mais crescente, principalmente na Amazônia legal, a principal região do país ainda com grande cobertura florestal preservada.

Ademais, os órgãos estatais responsáveis diretos pela fiscalização ambiental estão “sucateados” em todos os níveis de poder, seja pela dafasagem de recursos humanos empregados em atividades fiscalizatórias, seja pelo déficit de aparato tecnológico e operacional despendidos na prevenção e combate a incêndios Florestais. Segundo levantamento realizado pelo INPE, só no Amazonas, maior Estado em extensão territorial da Amazônia legal, do primeiro trimestre de  2019 para o mesmo período em 2020 houve um aumento de 116% em quantidade de focos de queimadas. O que demonstra que apesar de a legislação ambiental ter dado passos importantes nas últimas décadas ainda há pouca no efetividade cumprimento dos seus dispositivos.

Logo, pode-se dizer que a efetiva redução da devastação florestal causada por incêndios florestais passa por uma série de ações conjuntas a serem desenvolvidas em todo o meio social, que vão desde campanhas conscientizadoras, sobretudo no meio educacional, a uma fiscalização mais efetiva por parte dos entes estatais; como também, a busca de meio alternativos de produção alimentar em grande escala, através de investimentos e pesquisas pontuais em ciência e tecnologia.