Durante o período que Juscelino Kubitschek ocupou a presidência do Brasil, seu governo colocou em prática o “Plano de Metas”, cujo objetivo era, entre outros tópicos, o desenvolvimento da indústria automobilística. Contudo, tal estímulo à compra de carros e motos não acompanhou o desenvolvimento das vias nacionais, ocasionando problemas relacionados à mobilidade urbana no Brasil. Logo, é lícito salientar a lacuna de infraestrutura e a falta de incentivo ao uso de transportes mais sustentáveis como causas deste entrave.
Sob esse viés, em primeira análise, cabe destacar a carência de áreas específicas para os meios de transportes, como ciclofaixa. Neste mesmo pensamento, o sociólogo Thomas Hobbes afirmava que o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população. No entanto, tal dever mencionado por Hobbes é negligenciado, uma vez que há poucas infraestruturas voltadas à organização dos meios de locomoção no Brasil, dificultando, assim, o ir e vir dos cidadãos. Dessa forma, a responsabilidade recai sobre o Estado, posto que ocorre um desequilíbrio entre o número de automóveis e o sistema viário, necessitando haver de forma urgente uma revitalização.
Ademais, a escassez de incentivo ao uso de transportes sustentáveis é um obstáculo na solução dos problemas relacionados à mobilidade urbana. Segundo dados expostos no site “Mobilize.org.br”, a população de São Paulo, em 2021, é de 12,2 milhões e, em contrapartida, há menos de dois milhões de bicicletas na cidade. Tal estatística mostra o quão necessário é a criação de projetos que estimulem a locomoção mediante transportes que não agridem o meio ambiente – como patinetes e bicicletas. Destarte, é importante ressaltar que para haver tal incentivo é necessário ter infraestruturas seguras tanto para o pedestre quanto para o ciclista, cabendo aos órgãos estaduais essa missão.
Portanto, é necessário que investimentos sejam feitos e projetos criados como alternativas para solucionar tal óbice. Para isso, urge que o Poder Público dê mais ênfase aos entraves da mobilidade urbana, por meio de uma maior destinação de verbas aos Estados, com a finalidade de ter um aumento no número de ciclofaixas, calçadas, faixas exclusivas para ônibus, entre outras infraestruturas. Ainda na proposta, deverão ocorrer campanhas nas mídias de massa que visem expor aos brasileiros os benefícios do uso de bicicletas – tanto para o meio ambiente quanto para a saúde. Feito isso, espera-se que haja um aumento no índice de ciclistas e, posteriormente, um equilíbrio na relação entre meios de transporte e mobilidade.
Bruna128
Excelente! Não consegui detectar muitos desvios.
Sua redação apresenta argumentação convincente, domínio na norma culta, bom repertório sociocultural e boa intervenção! Ressalto apenas que seria interessante detalhar mais os órgãos públicos que realizarão a intervenção mencionada.
C1 200
C2 200
C3 200
C4 200
C5 140
Acredito que você consegue 940 ou algo próximo disso. Parabéns!