Alternativas para reverter a crise hídrica no Brasil

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), todo ser humano tem direito à água limpa e potável, como garantia de boa qualidade de vida. No entanto, essa não é a realidade observada, pois a crise hídrica acentua-se como um problema no Brasil e no mundo. Desse modo, o uso inconsciente desse recurso e a negligência estatal corrobora a problemática, por isso, é necessário encontrar alternativas para revertê-la.

Diante desse cenário, vale ressaltar que o uso inconsciente da água pela maioria das pessoas contribuem com a persistência do impasse. De acordo com Albert Schweitzer, filósofo alemão, “Vivemos em uma época perigosa, o homem quer dominar a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo”. De maneira análoga, a usufruição da água pelos cidadãos acontece de maneira desregulada e descuidada, não só por fábricas e indústrias mas também pelo uso doméstico, o que causa tanto a poluição desse recurso quanto o desperdício dele. Dessa forma, há a necessidade de tomar providências para evitar o agravamento da crise hídrica na sociedade brasileira.

Outrossim, a negligência estatal também é um fator que dificulta a reversão dessa crise, visto que é preciso que haja, por parte do Estado, uma boa administração desse recurso. Entretanto, isso não acontece, a poluição dos rios por grandes indústrias, o aumento das enchentes, a irrigação irregular do solo nas grandes lavouras e a falta de prevenção de desastres ambientais caracterizam a ineficiência estatal com a distribuição hídrica, uma vez que não há a exerção de leis. Conforme dados estatísticos do IBGE, em 2013, havia um Plano Diretor para a prevenção de enchentes em 23, 5% dos municípios brasileiros, mas houve uma queda de 6,3% em 2017, o que demonstra um certo descuido governamental.

Portanto, cabe ao Estado, em parceira com o Ministério Público, intervir no uso desregulado e excessivo da água, por meio da criação de leis, que punam e multem aqueles que usarem o recurso de forma ilegal, a fim de melhorar a administração e garantir que o consumo hídrico aconteça de forma correta. Ademais, as ONGs devem criar campanhas sobre a necessidade do uso consciente da água, por meio de parcerias com a própria população, que sejam compartilhadas na mídia e nas escolas, com o intuito de alertar os cidadãos sobre a crise hídrica no país. Espera-se com isso, garantir o acesso de todas as pessoas à água potável, como assegura a ONU.