ALTERNATIVAS PARA O ESCOAMENTO NO BRASIL

No decurso de muito tempo, a nação brasileira tem expandido sua produção alimentar, tornando-se, no tempo presente, uma das nações que mais produzem alimentos. Em contradição a esse fato, seus meios de escoamento não acompanharam essa evolução, nota-se isso, nos precários meios de transportes, portos desatualizados e capacidade de armazenagem desproporcional ao volume de produção. Esses empecilhos prejudicam vários âmbitos sociais e, fazem com que os próprios fabricantes tenham que encontrar alternativas, uma vez que o governo não o faz como deveria.

Seguindo essa linha de raciocínio, vê-se criar mais uma ruptura na economia nacional, tendo em vista que a capacidade de armazenagem é crucial para tal meio, e o Brasil possui, apenas, capacidade de 176,5 milhões de toneladas de grãos para estoque, sendo que, de acordo com a revista Globo Rural, “o déficit de armazenagem de grãos deve superar 100 milhões, em 2021”. O ideal seria se o valor de capacidade fosse o dobro do que é, pois, da maneira que está, há grandes perdas de oscilações favoráveis no mercado, acarretadas pela pressão sobre a comercialização, devido à incapacidade de estoque, impedindo, dessa maneira, grandes saltos positivos para a economia.

Como complemento dessas dificuldades, os donos da mercadoria lidam com meios de escoamentos desestruturados e mal fiscalizados, sequenciando em altos valores tributários e acréscimos nos valores dos itens. Com a interiorização desse ramo no país, tal situação se agravou, em virtude de poucas vias rodoviárias duplicadas que levam a portos de descargas obsoletos. Com base em cálculos feitos pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, “Os custos logísticos fora da fazenda equivalem, em média, a quatro vezes os custos argentinos e norte-americanos, por causa da falta de infraestrutura”.

De acordo com o exposto, infere-se que alternativas para melhora do escoamento no Brasil devem ser feitas pelos órgãos públicos como Ministério da infraestrutura e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, de modo que, essas questões estão além da zona de controle dos produtores. Os dois órgãos em questão devem facilitar esse processo por meio de investimentos no meio hidroviário e rodoviário, como duplicação de vias, fornecer mais fiscalização e atualização dos portos e, não menos importante, acelerar nas concessões requisitadas, para evitar a longa demanda por tempo. Tendo essas ações a finalidade de alavancar o setor econômico brasileiro, auxiliando na mobilidade de produtos pelo país.