Alternativas para combater a violência no trânsito no Brasil 

De acordo com a Constituição Federal, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. No entanto, os dizeres constitucionais são contrariados na realidade nacional, visto que a locomoção segura não é garantida na prática, pois, há grande incidência de violência no trânsito brasileiro, portanto, evidencia-se a necessidade de encontrar alternativas para conter tal situação danosa. Nesse sentido, é imprescindível ressaltar que a problemática persiste influenciada pela má conduta dos motoristas, bem como pela ineficiência governamental na questão. 

Sob esse viés, percebe-se que o deslocamento seguro não é efetivado devido ao comportamento errôneo dos cidadãos ao volante. Segundo a ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), mais de 50% dos acidentes ocorrem em virtude de atitudes erradas dos que dirigem, a exemplo do consumo de álcool antes ou durante o trajeto, uso do celular e altas velocidades. Consoante a isso, a conduta deletéria do motorista é um dos principais fatores que colaboram para a violência, porque ao praticar essas ações, ele pode provocar atropelamentos de inocentes e embate entre automóveis. Dessa forma, subsiste um desrespeito social às normas descritas no Código Brasileiro de Trânsito e isso, aliado a desatenção do motorista na estrada, constitui um quadro de viagem insegura, ampliando a ocorrência de acidentes. 

Ademais, a carência de comprometimento político contribui para impedir a segurança viária no país. Para Thomas Hobbes, o bem-estar da população é dever do Estado, entretanto, essa função não está sendo plenamente exercida no território nacional, tendo em vista a frequente violência no trânsito. Nessa lógica, a deficiência de atuação estatal é refletida nas precárias condições das rodovias, como a presença de fendas e a falta de sinalização, além da superlotação. Tais aspectos são colaboradores das situações violentas em razão de dificultarem o transporte e possibilitarem colisões entre os excessivos veículos, o que coloca o corpo social em risco. Dessa forma, o acontecimento de acidentes é muito mais propício, porque as estradas são deficitárias e lotadas. 

Diante disso, necessita-se a adoção de medidas para assegurar um tráfego benéfico. Com esse objetivo, o Poder Público – responsável pelas mazelas sociais – deve, mediante verbas governamentais, investir na colocação de placas e semáforos, como também na correção de depressões. Paralelo a isso, ele precisa, por meio de campanhas educativas, não apenas incentivar a utilização do transporte coletivo, mas trazer esclarecimento populacional acerca dos perigos de desobedecer às normas de segurança. Sendo assim, a violência no trânsito irá decrescer e a Constituição será praticada no cenário brasileiro.