Alternativas para a escassez de água no Brasil

No filme “Mad Max- Estrada da fúria”, é retratado um cenário pós apocalíptico no qual existe a falta de diversos recursos, sendo o principal deles a água, trazendo a tona todos os conflitos gerados pela escassez de recursos naturais básicos. Fora dessa ficção, é fato que na realidade contemporânea brasileira há pessoas que passam por situações semelhantes e sofrem com a escassez hídrica, tendo como principal fator dessa situação a falta de atividade governamental em busca de acabar com o problema. Dessarte, é fundamental analisar os fatores que tornam essa problemática realidade.

Convém ressaltar, primeiramente, a baixa quantidade de saneamento básico no território nacional, haja vista que segundo dados da OMS, o Brasil não detêm nem cinquenta por cento de seu território com acesso a tal recurso para a população. A situação se deve majoritariamente para a falta de investimentos na infraestrutura relacionada aos recursos hídricos por parte do governo, que apesar de pautar em votações públicas o início do planejamento estrutural do amplo acesso ao saneamento, acaba por atrasar e arquivar tal projeto de extrema importância para a sociedade.

Ademais, cabe ressaltar ainda a falta de programas que levem água para estados menos ricos desse recurso, uma vez que por motivos geográficos tendem a terem épocas de seca de longa duração. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o Estado é responsável pela garantia do bem-estar social, contudo, isso não ocorre no Brasil contemporâneo, uma vez que o Estado não cumpre sua função básica. Por tal motivo, se faz essencial a existência de estímulos para que todos tenham acesso a este recurso, para que possam deter o mínimo para sua sobrevivência.

Torna-se evidente portanto, a necessidade de ações que promovam a difusão do amplo acesso a água no país. Dessa forma, faz-se mister que o Ministério do Desenvolvimento Regional crie, por meio de verbas governamentais, um fundo de ampliação e democratização para a construção de meios que levem água potável para toda a população, como os ocorridos no passado, tendo como base a época de 1970 e planos como o “cinquenta anos em cinco”, do ex- presidente Itamar Franco, para a promoção da equidade hídrica. Somente assim será possível alcançar uma sociedade democrática em todas as vertentes no Brasil, para que assim não ocorra como no filme “Mad-Max”, e a sociedade não se transforme em um caos.