Alimentação irregular e obesidade no Brasil.

No programa de TV norte-americano “Quilos Mortais”, é retratada a condição de vida de diversas pessoas com obesidade mórbida, ressaltando seus hábitos alimentares e as consequências desses. Similarmente a realidade estadunidense, a sociedade brasileira tem adquirido, nos últimos anos, uma alimentação cada vez mais irregular, o que resulta na elevação dos índices de obesidade no Brasil. Sob esse viés, faz-se necessário entender as causas e consequências dessa situação, destacando-se, para isso, a rotina da sociedade contemporânea e o fenômeno da aculturação.

Acerca da rotina hodierna da sociedade, é verídico o fato de que a falta de tempo dos brasileiros – resultante da intensa dedicação ao trabalho – contribui diretamente para a despreocupação com a saúde, sobretudo a alimentação. Isso porque, ao pensar sempre no lema “tempo é dinheiro”, as pessoas têm optado por alimentos mais práticos, como os industrializados, e não tem se preocupado em reservar um momento para a realização de exercícios físicos. Entretanto, tal estilo de vida é o principal causador da obesidade e de outras doenças, o que leva à reflexão sobre a frase de Lair Ribeiro: “aquele que não tem tempo para a saúde terá que ter tempo para a doença”.

Contudo, o modo de vida da sociedade atual não é o único fruto da contemporaneidade que intensifica a má alimentação e a obesidade no Brasil, visto que a aculturação também é um fator que impulsiona essa realidade. Por outras palavras, os brasileiros têm atribuído para si o estrangeiro hábito de consumir “fast foods” e comidas processadas de forma cada vez mais contínua, o que revela a aculturação e leva a pensar nos impactos causados por essa mudança de costume. Evidentemente, o maior exemplo desse impacto é o crescimento no número de pessoas obesas no país, do qual chega a 20% da população, segundo o Ministério da Saúde.

Portanto, percebe-se a relevância da problemática em questão e a necessidade da tomada de medidas que visem uma solução. Cabe então, ao Ministério da Saúde em parceria com o da Educação, a elaboração de propagandas que visem alertar as pessoas sobre as consequências da alimentação irregular e da obesidade, com o intuito de persuadi-las a adotar hábitos saudáveis. Realizando-se tais ações, por meio de campanhas educativas dentro das escolas (com o auxílio de nutricionistas) e fora delas (através da mídia), o fito de melhorar a saúde da população, e de impedir casos como os retratados em “Quilos Mortais”, será devidamente alcançado.