Alimentação irregular e obesidade no século XXI

Durante a Pré-História, a obesidade representava um ideal estético entre as mulheres, associada diretamente à fartura e fertilidade. Entretanto, após a evolução das ciências biológicas e químicas, tomou- se conhecimento das consequências as quais o alto índice de gordura, associado ao sedentarismo, trazem para a saúde humana. Diante disso, faz-se pertinente esclarecer o quanto a propaganda aliada à falta de políticas públicas de incentivo a uma vida saudável, influenciam no grande percentual de pessoas obesas no século XXI.

 

Primeiramente, é válido destacar que de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 19% dos brasileiros sofrem de obesidade em 2019. Nesse sentido, certamente, a exibição diária do mercado “fast food” – comidas rápidas, com grande concentração de conservantes – na mídia sobre os mais diversos tipos de hambúrgueres e quitutes, promovidas por empresas como a Mc Donalds, acentuam, cada vez mais, o consumo diante de alimentos com alto teor de gordura. Em virtude disso, vale atentar-se principalmente as crianças, o público-alvo mais suscetível a essa manipulação, pois mais de 60%, em 2009, estava com excesso de peso de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logo, toda essa nutrição inadequada traz sérios problemas para seus consumidores, uma vez que diabetes e doenças cardiovasculares são oriundas desses maus hábitos, tanto a longo prazo, quanto de imediato.

 

Posteriormente, convém ressaltar que o investimento em políticas públicas as quais incentivem a adoção de uma vida saudável é escasso. Dessa maneira, quase 50% da população brasileira, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é sedentária, seja por falta de tempo ou de recursos financeiros. Em síntese, a prática de exercícios físicos, além de auxiliar no trato respiratório, desenvolve as atividades cerebrais. Desse modo, o sedentarismo compromete o funcionamento do organismo, provoca hipertrofias musculares, arrisca, significativamente, o processo de respiração e pode desenvolver um câncer no indivíduo. Inquestionavelmente, a carência de recursos gratuitos para praticar os exercícios tem contribuído para a extensa taxa de sedentários no país, tornando o exercimento das atividades um privilégio.

 

Portanto, ações são necessárias para remediação do caso. Cabe ao Ministério da Saúde, por meio de campanhas publicitárias, promover anúncios informativos sobre os perigos do alto peso e a influência da mídia na adoção de más práticas alimentares, conscientizando cada vez mais as pessoas a adotarem uma rotina sadia. Ademais, urge que o Ministério das Cidades faça projetos por meio das prefeituras para criação de academias públicas com assessoria de profissionais da área, permitindo o privilégio dos treinamentos a todos. Só assim, os riscos cardiovasculares e cancerígenos da obesidade se limitariam à Pré-História.