Alimentação irregular e obesidade no Brasil

Na pré-história, período que antecede a invenção da escrita, os indivíduos dependiam da alimentação advinda da caça e da pesca para subsistir. No decorrer dos anos, com a globalização, os meios de nutrição mudaram e trouxeram alimentos com alto percentual de gordura e poucos nutrientes, porém preparados rapidamente. Dito isso, no Brasil hodierno, a obesidade tem se tornado um problema crescente em decorrência do consumo de alimentos industrializados de rápido preparo e da falta de informações sobre saúde alimentar. 

Sob esse viés, é válido ressaltar que após a Revolução Industrial, ocorrida no século XX, as jornadas de trabalho aumentaram, sendo assim, foi necessária a criação de uma forma mais ágil de produzir alimento. Nesse contexto, na necessidade de otimização do tempo surgiram os produtos industrializados que prometem fácil realização. No entanto, tais produtos possuem altos níveis de conservantes e outros elementos prejudiciais à saúde expondo, dessa forma, a população a diversas doenças como a obesidade, por exemplo. Fato preocupante, uma vez que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos processados industrialmente tiveram um aumento de consumo de 56% nos últimos anos. 

Outrossim, é de suma importância destacar que a educação tem papel fundamental na conscientização voltada a saúde alimentar. Desse modo, em um país no qual, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 55% da população brasileira está acima do peso, e as escolas são as principais instituições propagadoras de ideias, é necessário o investimento no incentivo à prática de alimentação saudável e exercícios físicos no campo acadêmico. Tal ato, além de prevenir a obesidade infantil e uma vida sedentária, resulta numa geração de indivíduos bem informados e saudáveis. 

Portanto, é perceptível a necessidade de uma intervenção para deter a obesidade através da implantação de uma alimentação balanceada no cotidiano dos indivíduos. Dito isso, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, juntamente ao Ministério de Comunicações, a promoção de campanhas publicitárias partilhadas na mídia e também em escolas, contando com a presença de nutricionistas e educadores físicos. Por conseguinte, essa ação concluirá o objetivo de conscientizar sobre os perigos de uma alimentação inadequada e demonstrará como evitar doenças como a obesidade, gerando assim, uma melhora nas condições de vida dos brasileiros. Somente assim a realidade de alimentação desregrada pós-Revolução Industrial será superada.