Alfabetização em questão no Brasil

A constituição federal de 1988, prevê em seu artigo 6º o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado na prática quando se observa a alfabetização em questão no Brasil, dificultando, deste modo, a efetivação desse direito social. Diante disso, faz-se necessária a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Mormente, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a falta de alfabetização no Brasil. Hodiernamente, ocupando a nona posição das maiores economias mundiais, seria natural acreditar que o país possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto, já que as escolas brasileiras apresentam estruturas precárias, exíguas de bibliotecas e laboratórios de informática, por exemplo, essenciais para o ensino didático. Essa conjuntura desestimula os alunos e viola o conceito de “contrato social” do filósofo John Locke, já que o Estado não cumpre a função de garantir educação de qualidade para os cidadãos, o que é evidente no país.

Ademais, é fulcral pontuar a desigualdade social como impulsionadora do analfabetismo no Brasil. Segundo Paulo Freire, filósofo brasileiro, se a educação não é capaz de mudar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Nesse sentido, a parcela populacional brasileira menos abastada economicamente, que precisa se afastar da escola para completar a renda familiar trabalhando, se vê distante da transmutação informacional e econômica que a educação é capaz de permitir e, por conseguinte, estagnada em uma realidade de inacesso à

oportunidades. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Portanto, é imprescindível que medidas exequíveis sejam tomadas para a solução desses empecilhos. Com o intuito de mitigar o problema o Ministério da Educação – ramo do Estado responsável pela formação civil – deve implantar nas escolas estruturas vitais para o aprendizado eficiente, através da definição de uma agenda econômica, com o fito de incentivar a permanência no ambiente escolar. Outrossim, o Ministério da Cidadania deve capacitar assistentes sociais para atuarem nas escolas aliados ao Conselho Tutelar, a fim de evitar a evasão escolar por meio de acompanhamento psicológico e familiar. Assim, será possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação da Magna Carta.

 

Se possível corrigir de acordo com as competências!