Água: de quem é a responsabilidade?

Tales de Mileto, o pai da filosofia, afirmou que o universo era feito de água e que tudo provinha dela, rompendo com o exclusivo pensamento mitológico da época. Atualmente, sabemos que esse bem é realmente responsável pela permanência da vida. Tendo em vista sua importância, é imperioso analisarmos o desperdício, a poluição e a escassez de políticas públicas voltadas a sua preservação que torna a temática um sério problema em nosso país.

Primeiramente, devemos ressaltar que a poluição é uma das principais causas da falta d´água. Um bom exemplo é o Rio Tietê, que atravessa o Estado de São Paulo e serve de aproveitamento para a agricultura em certas regiões. Entretanto, o descarte incorreto do lixo e a ausência sanitária na grande metrópole dificulta seu uso –  Uma situação excruciante, dado que o saneamento básico é um direito conjeturado na Constituição Federal de 1988.

Ademais, vale salientar o desperdício da própria população, que usa a água potável de maneira indevida e descontrolada, desconsiderando o fato de ser um produto limitado. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um indivíduo necessita de 40 litros de água ao dia para sobreviver, porém, infelizmente, o número real ultrapassa 200 litros por pessoa. Esse índice alarmante evidencia a falta de conscientização da sociedade e a escassez de intervenções públicas para evitar as chamadas Crises hídricas.

Dado o exposto, é dever do Ministério das Cidades – órgão responsável pela igualdade social dos brasileiros – em parceria com a comunidade, exercer a função de preservar o meio ambiente, através de projetos que visem a infraestrutura, a fiscalização do uso da água e do descarte de dejetos em rios e lagos, a fim de garantir o acesso ao saneamento básico e à água de qualidade, direito de todos, previsto na Constituição Federal de 1988.