Adia ENEM, a desigualdade educacional provada.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma prova que foi criada tanto para testar a qualidade de ensino do país quanto para dar a oportunidade de toda a população ter acesso a uma faculdade, essa prova chega aos lugares mais remotos do país. O Brasil, encontra-se em quarentena, os estudantes não podem ir à escola, e aqueles que não tem acesso a internet acabam não tendo acesso à informação, em geral, as populações mais pobres. Diante desse cenário, deve-se analisar porque o ENEM deve ser e adiado, pelos aspectos desiguais sociais-educacionais.

Primeiramente, o Brasil é um país extremamente desigual com o índice de GINI muito próximo a um; para entrar em uma faculdade não basta se esforçar, é necessário que haja condições propícias para que se possa estudar. Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos mostrou que, em 2018, apenas 9% das famílias das classes D e E possuíam computador em casa. Na classe A, o número é de 98%. Logo, em uma situação pandêmica, a classe A tem amplo acesso à informação, enquanto que as classes D e E seriam mais uma vez marginalizadas pelo sistema educacional (informacional).

Outrossim, o ENEM que é a única chance de muitos para terem acesso ao ensino superior, essa prova apenas ressalta as desigualdades no ensino. Os estados têm tentado minimizar o impacto da paralisação por programas de ensino remoto direcionado aos alunos da rede pública, no qual os alunos tem acessos a videoaulas que muitas vezes não se adequam as suas bases de conhecimento. Porém, nas escolas particulares os alunos gozam de professores e materiais de alta qualidade. É utópico desejar que ambos os alunos possam concorrer com igualdade, um tem todas as dificuldades, enquanto o outro tem todas as ferramentas necessárias para uma aprovação.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para superar o quadro atual. Para que as desigualdades socias possam se amenizadas, urge que o Ministério da educação, prorrogue o ENEM até o efetivo reestabelecimento das aulas presenciais. Vale salientar que, para que o fim da desigualdade educacional seja obtido, urge que o Estado invista amplamente na educação pública. Por meio de empíricos investimentos será possível diminuir o índice de GINI no brasil e um efetivo desenvolvimento populacional.