Acessibilidade e deficiência física

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, porém, era vencido pela exaustão e logo a pedra retornava à base. Analogamente a ficção, esse mito assemelha-se a realidade pela luta constante da acessibilidade dos deficientes físicos. Nesse viés, entre as diversas barreiras enfrentadas, destaca-se o descaso governamental juntamente com o preconceito enraizado da sociedade. Estimulando uma ineficácia na vida e no bem-estar dos envolvidos.

Em primeiro plano, é necessário ressaltar que a displicência do poder estatal se mostra como um obstáculo para oferecer acessibilidade e estruturação das cidades que abrangem os deficientes físicos. Nesse contexto, segundo o contrato social proposto pelo contradualista John Lock – é dever do Estado garantir o bem-estar coletivo. No entanto, devido a falta de iniciativas governamentais, como refinamento da educação e do meio profissional, a problemática se perpetua como um óbice social. Logo, ao se manter inerte, o Estado rompe o contrato social do filosofo

Outrossim, vale frisar, o preconceito enraizado da sociedade com os deficientes, no qual limita as possibilidades de uma vida normal social, seja ela no campo de trabalho, na individualidade ou até mesmo nos educandários. Nessa perspectiva, segundo o Nexo Jornal, apenas 28,7% dos deficientes físicos possuem uma vida social íntegra e bem desenvolvida. Dessa forma os tais ”direitos iguais” são extraviados desses cidadãos especiais.

Infere-se, em vista disso, que a falta de acessibilidade aos deficientes representa uma ameaça concreta, não apenas aos indivíduos diretamente envolvidos, mas a todos que figuram como vitimas do seu legado. Nesse sentido, o Estado em parceria com a mídia devem implementar projetos, por meio de campanhas por toda a cidade em busca de mobilizar e frisar a importância da inclusão desses cidadãos ao meio social cognoscível, além de gerar mais segurança para os deficientes sobre a infraestrutura de cidades. Espera-se com isso, que o descaso e o preconceito enraizado sejam quebrados, e os cacos sejam colados em busca de lapidar uma nova sociedade.