A xenofobia no Brasil

Segundo o livro, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, escritor brasileiro, o defunto-autor diz que não teria filhos de modo a negá-los o legado da miséria humana. Fora da ficção literária, essa realidade se evidencia, por meio da persistência da xenofobia, a qual se tornou um desafio a ser enfrentado organizadamente no Brasil. Sob esse viés, convém analisar as principais causas e consequências dessa problemática.

A princípio, cabe destacar que a ascensão do Nazismo deixou milhões de judeus mortos, por não serem aceitos na sociedade alemã. Hodiernamente, tal perspectiva não se modificou, visto que os imigrantes, ainda sofrem preconceito e são tratados com inferioridade, por terem uma cultura, religião ou raça diferente. Com efeito, é inadmissível que em um país dito democrático, as prerrogativas essenciais ao ser humano não sejam respeitadas e estejam presentes só na teoria.

Outrossim, segundo Immanuel Kant, filósofo alemão, “é no problema da educação que assenta o grande segredo para aperfeiçoamento da humanidade”. No entanto, percebe-se que os filhos de estrangeiros têm que conviver com o bullying dentro das escolas, o que culmina no crescimento da evasão escolar. Nessa ótica, evidencia-se a ineficácia constitucional, tendo em vista a exclusão e marginalização social desses indivíduos, os quais são impossibilitados do gozo de um direito primordial – a educação.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar esse impasse. Destarte, o Ministério da Educação deve instituir nas grades curriculares, conteúdos voltados para essa temática, sendo que as instituições educacionais podem implementar isso, por intermédio de debates e aulas transversais, com os professores discorrendo a importância da diversidade cultural, com o intuito de construir uma visão menos preconceituosa nos discentes. Espera-se, com isso, que haja o aprimoramento da humanidade e o único legado a ser transmitido as futuras gerações seja de uma sociedade mais justa e igualitária.