Impossível se torna abordar o tema xenofobia e não relembrar os horrores cometidos durante a Segunda Grande Guerra. O Holocausto e genocídio de outras etnias justificados sob a ideia de supremacia dos povos arianos é um dos principais legados que representam as consequências sociais de Estados xenófobos. Atualmente, o desafio encontra-se em combater tais movimentos diante de um mundo cada vez mais globalizado, no qual as diferenças culturais são mais perceptíveis que nunca. Nota-se, então, a necessidade de políticas que busquem a supressão desses preconceitos, permanentes até hoje por questões sociais e econômicas.
Em primeiro lugar, é preciso observar a forma pela qual os diversos campos dos saberes influenciaram o imaginário popular a fim de aprofundar a questão da xenofobia. Jessé Souza, sociólogo e professor brasileiro, demonstra como a possível exclusão de teorias darwinistas-sociais foi, na verdade, uma substituição para o culturalismo científico, no qual se maquia a hierarquia entre os povos: agora, superiores e inferiores não são brancos e negros, respectivamente; mas, sim, desenvolvidos e subdesenvolvidos. A hierarquia continua e, consequentemente, a xenofobia também.
Em segundo lugar, cabe analisar a maneira como manifestações dos Estados e do mercado aumentam esse sentimento na população. A Guerra contra o Terror, de 2001; a Crise de 2008; a Guerra da Síria e sua consequente crise de refugiados, desde 2011; a crise de refugiados da Venezuela e a pandemia de Covid-19, de 2020, são alguns exemplos desse processo: momentos recentes que propagaram e incentivaram, por meio do renascimento ultradireitista, a xenofobia, até então encoberta, em diversas nações ao redor do globo.
Fica claro, portanto, que a discussão sobre a xenofobia no século XXI precisa considerar o atual momento de globalização e, também, outros momentos e movimentos sociais e econômicos que culminaram nesse contexto. Assim, espera-se que a ONU, por meio de campanhas e discussões entre os países, consiga propagar a ideia de união e entendimento entre os povos para a qual foi criada. No âmbito interno, cada país deve ser capaz de acolher estrangeiros e combater qualquer sinal desse preconceito por meio de campanhas públicas a fim de erradicar tal fenômeno.
A xenofobia em discussão no século XXI
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1 Correção
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CynthiaSilva121
AnaLor, muito boa noite! Parabéns pela ótima redação! Você realmente escreve muito bem, e esse texto em especial ficou bem estruturado e abordou bem a temática. Vou apenas fazer algumas ponderações pontuais, que na minha interpretação poderiam tirar ponto.
1ºParágrafo: Introdução muito bem estruturada e lógica. Só identifiquei que na frase “O Holocausto e genocídio…” creio que precisaria colocar o artigo “o” antes de genocídio também, por questão de paralelismo. Ainda nessa mesma frase, “O Holocausto e (O) genocídio de outras etnias justificados sob a ideia de supremacia dos povos arianos é um dos principais legados”, também acredito que precisaria colocar “justificados sob a ideia dos povos arianos” entre vírgulas. Um último detalhe é que em “as diferenças culturais são mais perceptíveis que nunca.” eu fiquei com a impressão de que soaria melhor “mais perceptíveis do que nunca”, mas confesso que sem esse “do”, como você escreveu, está certinho, então não tiraria ponto. Em resumo, você só perderia ponto nesse parágrafo.
2º Parágrafo: Muito bem construído, tanto esse quanto o 3º. Você demonstra um ótimo uso de repertórios. Uma questãozinha que eu mesmo já perdi ponto na C1 é na construção “A hierarquia continua e, consequentemente, a xenofobia também. ”, especificamente em “e, consequentemente”. Já recebi correções no cursinho que fazia que não é bom usar e (que demonstra a ideia de adição) e consequentemente (que demonstra consequência), porque é como se estivesse usando dois conectivos de uma vez. Confesso que não concordo muito com isso, mas só repassando para você evitar, para não arriscar né. Nessa situação, orientaram-me que pode escrever, exemplificando na sua redação, “A hierarquia continua, consequentemente, a xenofobia também. ” Mas fica meio estrainho né kkkk
3º Parágrafo: Como falei, bom uso de repertório. Nesse caso não achei que ficou, mas nas próximas cuidado com o uso demasiado de citações, para não ficar muito carregado o texto. Nesse caso, não achei que ficou exagerado não.
4º Parágrafo: Aqui, novamente tem a questão de usar duas expressões juntas em “atual momento de globalização e, também, outros momentos…”. Nessa, em especial, como tanto “e” como “também” expressão a ideia de adição, você realmente não precisaria usar os dois, só o “e” já bastaria. Além disso, nos elementos da proposta de intervenção, só senti falta do detalhamento (não sei se alguns corretores consideram a primeira frase de retomada do tema como detalhamento, mas na dúvida é sempre bom adicionar uma mais explicita ao longo da proposta). Só para você ter noção, eu identifiquei assim:
“Assim, espera-se que a ONU (AGENTE), por meio de campanhas e discussões entre os países (MEIO), consiga propagar a ideia de união e entendimento entre os povos para a qual foi criada (AÇÃO). No âmbito interno, cada país (AGENTE) deve ser capaz de acolher estrangeiros e combater qualquer sinal desse preconceito (AÇÃO) por meio de campanhas públicas (MEIO) a fim de erradicar tal fenômeno (FINALIDADE).”
Então tiraria ponto na C5 por não ter certeza do detalhamento. Um último detalhe é tomar cuidado com a repetição (você repetiu “por meio de”, poderia substituir um deles por “mediante”).
Sendo assim, atribuiria a nota 880 ou 920
C1 120 ou 160
C2 200
C3 200
C4 200
C5 160
Novamente, parabéns pela redação e continue assim! Basta se atentar a alguns detalhezinhos que tenho certeza de que você alcançará o 1000 logo logo. Não desista jamais! :)