A violência do trânsito brasileiro

É notório que a violência do trânsito brasileiro traz divergências de opiniões, principalmente, em relação ao comportamento dos indivíduos em seus veículos e às atitudes dos pedestres em vias públicas. Dentre tantos aspectos, destacam-se: a inobservância das normas e regras do trânsito e a cultura da violência.

Cabe mencionar que a inobservância dos requisitos legais e das condutas a serem tomadas por todos acarreta prejuízos e gera ambientes hostis no trânsito, tornando, assim, um lugar perigoso e preocupante para a população. Nesse contexto, através dessas atitudes impensadas, há o surgimento de conflitos e brigas, causando um cenário de óbitos tanto no tocante aos próprios acidentes por imprudência dos condutores como das discussões ocasionadas por uma direção irresponsável. Diante disso, os indivíduos acabam por transformarem um local que deveria ser de ordem e prudência para o bom uso e acesso de todos em um ambiente de irresponsabilidade.

Por oportuno, merece ênfase a cultura da violência presente no trânsito brasileiro, em que as pessoas procuram resolver ocasiões desagradáveis por meio de agressões físicas e verbais e, muitas das vezes, essas situações terminam em brigas e mortes, tendo em vista que, em alguns casos, o álcool é um dos principais atores para o surgimento desses conflitos. Posto isso, verifica-se a tendência de alguns indivíduos em tentar solucionar os problemas do trânsito com o uso violência e de ações imprudentes com seus próprios veículos como forma de responder uma anterior conduta inadequada do motorista, piloto ou, até mesmo, pedestre.

Feitas as reflexões, percebe-se, portanto, que a violência presente no trânsito brasileiro deve ser alvo de olhares e ações do poder público em conjunto com a sociedade em geral na busca de soluções e saídas para a melhoria do fluxo de trânsito e da diminuição de ações violentas, buscando uma conduta inteligente e segura para todos. Dessa forma, uma das propostas possíveis é a ação integrada entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), órgão responsável pelo patrulhamento ostensivo das rodovias federais, as polícias militares e as guardas de trânsito no desenvolvimento de ações sociais e palestras em relação à direção segura e a atitudes que não devem ser tomadas no trânsito, visando à educação para o trânsito e, consequentemente, à melhoria na segurança e ao bem-estar dos indivíduos.