A violência causada pelas disputas de terra indígenas no Brasil

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John Locke, filósofo inglês, destaca que é dever do Estado assegurar os direitos e o bem-estar da população. Todavia, em virtude da violência devido às disputas de terra indígenas no país ser uma realidade na sociedade brasileira, é válido reconhecer como o Poder Público não atua de modo efetivo e, pior, não exerce seu papel social, conforme os ideais de John Locke. Nessa lógica, é possível analisar a negligência estatal e a falta do cumprimento das leis em vigor como impulsionadores do problema.

De início, percebe-se que a negligência estatal fomenta a permanência do entrave na sociedade. Nessa ótica, ao destacar a ideologia do filósofo Platão, especificamente sobre o uso da razão para combater os problemas sociais, nota-se como essa conduta não é realizada pelo Estado, sobretudo quando o assunto é o confronto sobre a posse das terras indígenas. Isso porque, lamentavelmente, o governo brasileiro não valoriza os povos nativos, tendendo a negligenciá-los.

Além disso, vale ressaltar o não cumprimento das normas jurídicas como um fator que dificulta a atenuação do empecilho. Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a sociedade incorpora as estruturas sociais, ou seja, os indivíduos incorporam pensamentos difundidos ao longo dos anos e reproduzem com naturalidade. Isso pode ser verificado com a persistência da marginalização da terra indígena, já que, a população, acostumada com esse cenário, permite que a problemática supracitada continue em evidência, justamente por esse traço natural e banal diante dos fatos.

Portanto, urge, a adoção de medidas para combater o problema. Nesse sentido, o governo federal, em sintonia com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), precisa fiscalizar se as normas jurídicas em vigor no país estão sendo efetivas, por meio de vistorias mensais, a fim de cessar os conflitos pelas terras do povo indígena, para que, assim, os verdadeiros donos destas não precisem conviver com a hostilidade diariamente. Feito isso, ao presenciar um Estado eficiente e ativo, a ideologia de Locke poderá, certamente, ser cumprida e vista no país.

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2 Correções

  1. Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa > 200

    Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo > 200

    Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista > 160

    Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação > 160

    Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural > 200

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  2. Olá Arqjoy, tudo bem? Vou corrigir sua redação com base no aprendizado que obtive até o momento, mas não sou nenhuma expert no assunto e nem sei pontuar de acordo com Enem, enfim, espero auxiliar de alguma forma no seu progresso nos estudos.

    Introdução: apresenta o pensamento de John locke, seguido da explicação de sua função social. Esse pensamento pauta a tese apresentada a seguir: O Poder Público atua com negligencia, principalmente no que tange o cumprimento de leis .

    Desenvolvimento: Explica a negligência estatal e a aceitação social da violência exercida sobre os indígenas como um fator histórico de acomodação social. Cita os pensamentos de Platão, uma figura de grande peso, contribuindo para explicar a desordem social.

    Conclusão: apesenta conectivo conclusivo, retoma o pensamento de Lock citado anteriormente, informa o agente gerador de mudanças, o que este deve fazer e como. Fico em dúvida se já não existe uma fiscalização periódica, acredito que o problema no caso seja a corrupção de alguns agentes, assim como a já citada passividade social.

    Como disse anteriormente sou muito iniciante no assunto, mas espero ter contribuído com algo.

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