O seriado de televisão “A diarista” retrata a vida de Marinete, que realiza trabalhos domésticos nos quais tem que lidar com patrões que abusam de seus poderes. Fora da ficção, a situação dos empregados domésticos não é diferente, o que levanta a necessidade da criação de medidas para valorizar tais profissionais. Nesse sentido, não só a garantia dos direitos trabalhistas, mas também a melhora da qualidade de vida dos brasileiros, são fundamentais para transformar esse cenário.
A priori, o cumprimento da legislação trabalhista é extremamente necessário para a dignidade do indivíduo como prestador de serviços. No entanto, muitos ainda são privados de diversos direitos e submetidos a atividades degradantes e exploratórias. Sob tal perspectiva, percebe-se que, somente a aprovação da PEC das Domésticas, sancionada em 2015, não foi suficiente para mudar essa situação, uma vez que a lei mencionada não aparenta ter alcançado o máximo de beneficiados. Logo, é visível que a lei precisa tornar-se efetiva para impedir que os patrões subjuguem seus empregados.
Ademais, a falta de oportunidades melhores faz com que os trabalhadores domésticos permaneçam em serviços opressores. Diante disso, segundo o economista Celso Furtado, o crescimento só transforma-se em desenvolvimento quando prevalecem as forças que lutam pela melhoria das condições de vida da população. Infelizmente, no Brasil, tais forças apresentam-se de forma insignificante quando comparadas àquelas responsáveis pela preservação da riqueza nas mãos de uma minoria que domina a política e a economia nacional. Assim, entre o desemprego e patrões desrespeitosos, os domésticos são obrigados a escolherem o último.
Portanto, transformações sociais são necessárias para mudar esse paradigma. A fim de garantir os direitos dos trabalhadores domésticos, urge que o Ministério do Trabalho dê mais eficácia a CLT, mediante a realização de fiscalizações rigorosas da situação empregadista dessa população, feita a partir da verificação do cumprimento de todos os benefícios previstos na lei. Também, o Governo deve adotar uma política que vise o completo bem-estar de todos, criando vagas de emprego destinadas aos mais vulneráveis. Só assim, ao contrário de Marinete, os empregados terão o trabalho digno que merecem.
taissakkk
No trecho “Nesse sentido, não só a garantia dos direitos trabalhistas, mas também a melhora da qualidade de vida dos brasileiros[…] , você acabou fugindo do tema ‘a valorização do trabalho doméstico no Brasil’ falando sobre o contexto da qualidade de vida dessas pessoas (o que foge dos aspectos da valorização de suas profissões, adentrando um semblante mais individual). No terceiro parágrafo (d2), falando novamente sobre a mesma alegação, no período “Ademais, a falta de oportunidades melhores faz com que os trabalhadores domésticos permaneçam em serviços opressores.” você novamente fugiu do tema do texto, e além disso houve uma contradição no final do parágrafo com sua seguinte declaração “Assim, entre o desemprego e um trabalho ultrajante, os domésticos são obrigados a escolherem o último.” Torna-se evidente a sua condição leiga sobre o assunto ao afirmar que o trabalho doméstico seria um trabalho “ultrajante”, uma vez que o mesmo é necessário em nossa sociedade. Então, mantenha-se atento a sua abordagem argumentativa (não sei se essa foi sua intenção ao falar sobre esse assunto, porém ainda assim preste atenção). Por fim, no seu último parágrafo faz-se desnecessário a utilização de 2 argumentos, que gerou um aspecto carregado ao parágrafo, além da falta de especificações e no trecho a seguir “o Governo deve adotar uma política que vise o completo bem-estar de todos, criando vagas de emprego destinadas aos mais vulneráveis” você esqueceu de colocar a finalidade do seu repertório, basicamente dizendo somente que o governo deve adotar a política proposta por você e só.
Bom, em aspectos gerais seu texto está bem construído, posso dizer que observei poucos erros de pontuação e um vocabulário fluido e dinâmico. Como você pode observar apontei em maioria erros de argumentação que podem ser facilmente resolvidos com um pouco de pesquisa. Então é isso, espero que você se aprimorar cada vez mais e alcance seus objetivos com a redação.
Abigail
Taissa, não tive a intenção de falar que o trabalho doméstico é algo ultrajante, mas sim que, quando os patrões exploram os empregados, esse serviço se torna ultrajante. Mas acredito que a minha frase pode dar a entender esse outro sentido, então vou tentar escrevé-la de uma forma mais clara.