A prioridade do Brasil é o conhecimento ou a economia? Atualmente estamos vivenciando uma crise mundial em todos os aspectos, desde a economia até em processos culturais. Em específico, o Brasil não passa por uma recessão econômica tão agravante desde 1981 (que permaneceu até 1983), quando o PIB caiu 8,5% em meio à crise da dívida externa brasileira. E esse expressivo número reflete na desigualdade sociocultural persistente no país. Não é preciso de grandes estudos e pesquisas para perceber que a contraposição social é um resultado da corrupção Estatal.
Tendo em vista que o auxílio emergencial é algo presente em algumas casas brasileiras e que mesmo assim é algo que não consegue passar perto de suprir as necessidades familiares, uma vez que 5kg de arroz atualmente custam 40 (quarenta) reais, as prioridades mudam. Onde pessoas de baixa ou nenhuma renda não valorizam a educação e sim a sobrevivência nesse caos.
Como tudo no mundo possui um lado ruim, com Ensino a Distância (EAD) não seria diferente, na minha percepção foi uma excelente solução para que o ensino não sofresse intervenção, todavia pensado somente na classe média da sociedade brasileira. É uma medida um tanto quanto egoísta, mas já era esperado relembrando que o Exame Estudantil mais importante do país (ENEM) não fora cancelado e ainda assim adiado pouquíssimos meses desde a data prevista pelo MEC. Logicamente prejudicando a maior parte dos estudantes já que mais de 77% das Escolas no Brasil são Públicas de acordo com o INEP.
Acredito que a valorização estudantil tem um valor alto no país, levando em consideração cotas, bolsas de estudos e ampla diversidade de preparatórios para escolha do curso, mas que deixam a desejar pelos enormes obstáculos envolvendo a educação que o Brasil disponibiliza, como por exemplo o salário desumano dos professores, a falta de desenvolvimento artístico nas escolas, a pouquíssima verba destinada a 98% das escolas públicas e assim por diante. É perceptível que a falta de desempenho e estimulação estudantil é algo medíocre que infelizmente nunca foi priorizada. Acredito que enquanto a desigualdade for algo estrondoso, a educação não será prioridade na visão governamental.
Por favor, corrija mediante as competências do ENEM, obrigada :)
Mr.Crozma
Isabel,
Torço para que sua redação não tenha sido escrita de madrugada, ou que só à madrugada você paz e concentração para escrever um texto. Aliás, pensando nas possibilidades de locais e comidas dos colegas da sala onde você fará a prova, conseguir se concentrar em circunstâncias adversas é um belo treinamento pra pior das hipóteses. Eu já cheguei a fazer redação em pé no ônibus (rascunho, por óbvio).
Sem mais delongas, já devo informá-la de que a apresentação conta rigorosamente pouquíssimos pontos de eventual coerência no Enem e não deve ser escrita em tantas linhas.
Só a Introdução já se basta com 5 ou 6 linhas, e ela tem que cumprir três funções: apresentar o tema (mostrar ao corretor que você entendeu o que o tema pede, que você e ele estão falando a mesma língua), expor a sua tese e antecipar as ideias dos argumentos que você pretende desenvolver. Basicamente 1,5 linha pra cada função, é esse o padrão que você tende a encontrar nas boas redações do Enem.
Muito cuidado com o tom panfletário! Sei que há motivos de sobra para criticar o governo – eu, como cidadão, adoro ler esse tom crítico -, mas, com as palavras de Gabriela Prioli, mais razão e menos emoção, o que se pede de mim como corretor é que eu a relembre das formalidades estruturais de uma redação que implora pelo cumprimento das funções de cada parágrafo.
Se encaixar nesse padrãozinho é necessário, são as regras do jogo.
Outra regra do jogo, por exemplo, é a escrita na terceira pessoa do singular ou, no máximo, com muita especificidade de tema, na primeira pessoa do plural. É tradição apontar a terceira pessoa do singular como a forma impessoal de escrever e, por conseguinte, a forma mais convincente de se escrever. Não sou eu que estou dizendo isso, diz-se isso, generalizadamente.
Até agora, eu falei que o texto têm funções cumprir – consequentemente, cada palavra tem um padrão e uma meta a alcançar: você tem que descobrir e entender cada uma dessas funções, que se encaixam perfeitamente, como fases de cálculos matemáticos, em cada oração que você escrever; falei que o tom panfletário precisa ser abandonado – é um texto com padrão diferente do que se exige numa discussão de facebook, por exemplo; falei que é preciso escrever na 3ª pessoa sempre, o texto inteiro, sob penas pesadíssimas na sua nota (com direito à nota zero em casos de depoimentos pessoais!), estamos falando da estrutura dissertativo-argumentativa.
Pois bem, tendo explicado o que se pede da sua introdução, recomendo que reescreva o seu texto e, caso queira, para não ter que corrigir várias redações só para esta finalidade, minha caixa de mensagens está aberta para a gente conversar sobre esta e outras estruturas/formalidades que o Enem exige do candidato.
Espero que meu texto tenha representado a preocupação que eu sinto com a tua escrita, especialmente porque li suas duas primeiras correções e você não parece uma pessoa que mereça nota baixa na redação do Enem. Seja muito bem-vinda!