A “uberização” do trabalho na era tecnológica: precarização ou liberdade?

O conceito da uberização pode ser estabelecido como um novo modelo de trabalho que vêm ganhando força no Brasil, que, na teoria, é vista como uma forma de emprego mais flexível, onde o funcionário presta seus serviços seguindo uma demanda e sendo organizado pelas redes contratuais descentrelizadas. Um grande exemplo disso são os entregadores de aplicativo, que seguem uma determinada plataforma e prestam serviços para estas, sem que haja uma regulamentação efetiva que garanta os seus direitos trabalhistas. Hoje, diversas redes tecnológicas seguem esse modelo, desde as redes sociais como o Facebook, Twitter, Instagram e entre outros; as plataformas de varejo, como Amazon e Mercado livre até aplicativos de entrega como Ifood e Rappi.

É um fato alarmante de que segundo o IBGE cerca de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no país, número que representa cerca de 12,4% da população, dado esse que justifica o estado alarmante das famílias brasileiras que necessitam de uma renda para se sustentarem, á vista disto, muitos encontram como opção os aplicativos citados a cima, onde podem receber uma renda extra e flexibilidade de horários. Sabe-se que as leis trabalhistas foram sacionadas em 1943 com o propósito de regular as relações de trabalho no Brasil. Contudo, tais leis não garantem proteção à aqueles que se adaptam à uberização, ou seja, não recebem um salário fixo, sem direito a férias e amparo de salubridade, ou seja, o trabalhador se encontra em um estado de precarização, já que para receberem benefícios suficientes precisam passar por uma jornada desumana.

À vista disso, podemos destacar que em função da era da tecnologia que o mundo está passando, os internautas estão cada vez mais expostos à uma maior gama de negócios. O documentário “Uberização econômica na prática” realizado pelo Fantástico, que analisa essa situação, refletindo a dificuldade daqueles que dependem do trabalho para sua sobrevivência.

Sendo assim, medidas são necessárias para a alteração desse cenário, pede-se que o ministério da educação intervenha, formulando uma nova lei que acolha os funcionários informais. o Ministério da educação também deverá proporcionar debates e visibilidade a tal assunto, assim, o Brasil receberá impostos e o trabalhador enfim terá seus direitos justos.