A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Em consequência da modernização agrícola advinda da Revolução Verde dos anos de 1960 e paralelo ao aumento da produtividade, a massificação do uso de agrotóxicos no Brasil ocasionou efeitos prejudiciais ao ambiente e a saúde que só foram estudados aproximadamente vinte anos depois. Com isso, a intoxicação por pesticidas combinada com a precária fiscalização do uso dos mesmos se tornou um impasse no cenário brasileiro.

O Brasil, segundo dados do Senado, é o terceiro maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Sendo assim, é explícito que, com o país dependente do agronegócio e o ramo gerando grande parte da economia nacional, a população sofre com os malefícios do uso indevido e/ou desenfreado desses recursos, com pouca ou nenhuma fiscalização em alguns casos.

Devido ao exposto, analisando outro dado do Senado Brasileiro que demonstra o uso de pesticidas como a terceira maior causa de intoxicação no país, sendo os trabalhadores rurais quem mais se prejudica com isso, fica evidente o descaso das agências de fiscalização com a saúde e o meio ambiente nacional.

Diante disso, faz-se necessário que perante a lei do uso de agrotóxicos de 1989, as agências fiscalizadoras em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde, consolidem medidas fiscais, como multas e indenizações quanto as fiscalizações que constem o uso incorreto de pesticidas e, com isso, reduza-se o nível de tolerância desses agentes tão nocivos à vida.