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A sutileza da violência estrutural

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A violência é um ato que confronta e prejudica de forma psicológica, moral ou física. Observa-se que nas relações sociais as atitudes abusivas também estão presentes, por exemplo, a violência contra mulher, raça e no trânsito. Segundo Skinner, teórico da psicologia comportamental, a violência acontece por diversos fatores: prazer, afastar algum incômodo, obter controle e outros. Destarte, ao se confirmar os malefícios das violências, como baixa autoestima ou mortes, constata-se a importância de  controlar e desconstruir comportamentos que oprimem de forma violenta as pessoas. 

 As violências possuem origens em épocas antigas, destaca-se que o ápice foi durante a Segunda Guerra Mundial em que houve o ataque e privações de direitos humanos aos judeus e outras diversidade. No Brasil, desde a colonização, a violência foi sendo estruturada com a imposição de culturas diferentes. De acordo com a “Agência IBGE de Notícias”, pelo menos 29,1 milhões de pessoas sofreram algum tipo de violência no ano de 2020, abrangendo contextos domésticos, escolares, de trabalho e de lazer. Um exemplo é o filme “A Ferrugem” onde a protagonista tem suas fotos íntimas publicadas, sofrendo violência moral e psicológica por parte de conhecidos e desconhecidos, o que a levou ao sucídio.

De forma complementar, Hannah Arendt justifica a presença da violência pelo fato que a humanidade não mais emite reflexões sobre os atos, sustentado uma postura “banal” sobre a convivência em sociedade. Deste modo, pode-se inferir que para combater à violência é necessário possuir uma percepção crítica da sociedade e seus modos de interação, por exemplo, desconstruir ideologias culturais que sustentam a misoginia. Todavia, sem a implicação de estratégias nos moldes sociais, a possibilidade de mudança é desvanecida. 

Portanto, diante da violência recorrente e que acomete diferentes pessoas, permitir a conscientização sobre as ideologias que a sustentam aparece como fator primordial. Assim, necessita-se de políticas públicas que fomentem a pesquisa para averiguar quais são os sustentáculos das violências; além de construir estratégias para intervir. Para tanto, deve-se buscar parceria com as instituições públicas e privadas para serem trabalhados assuntos sobre relações humanas e a forma de diálogo assertivo. Enfim, modificar a violência estrutural requer intervenção na base, ou seja, na educação, sendo este o principal caminho para solucionar as violências.

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2 Correções

  1. Olá, Larissa_psi!

    Com base nos manuais de correção divulgados pelo MEC, observei que sua redação apresenta com clareza suas ideias, proporcionando fluidez na leitura. Ademais, não identifiquei desvios gramaticais capazes de comprometer a Competência I.

    Quanto à Competência II, creio que o tema seja “A sutileza da violência estrutural”, não o título (que está em desuso no modelo ENEM). Logo, foi bem desenvolvido, com uso de repertório legitimado, pertinente e produtivo, baseado em fatos históricos e teóricos relacionados ao tema.

    Em relação à Competência III, no seu primeiro desenvolvimento você afirma que o ápice das violências seria a Segunda Guerra Mundial, mas essa é uma visão subjetiva. E se alguém pensar que seja a escravidão, por exemplo? (rs) Além disso, você traz muitas informações no texto, em geral. Seria melhor reduzir essa quantidade de informações para desenvolver de modo mais aprofundado as principais delas, deixando o texto mais argumentativo e menos expositivo.

    Na Competência IV, utiliza conectivos intra e interparágrafos diversificados.

    E, finalmente, na Competência V, devemos identificar uma proposta de intervenção, contendo uma ação, um agente, o modo/meio de realização, o efeito causado e um detalhamento de um desses itens. Desse modo, quais seriam as “estratégias para intervir”? (ação) e quem faria as “parcerias com as instituições públicas e privadas”? (agente).
    Portanto, descontando-se 20 pontos da Competência III e 80 pontos da Competência V (200 pontos=40agente+40ação+40modo/meio+40efeito+40detalhamento), arriscaria 900.

    Espero ter ajudado! :)

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  2. Sua Introdução não tem muita referência, mas não consigo enxergar a tese. Imagina ler uma redação argumentativa que no início você não faz ideia do que a pessoa quer defender.

    O 2° e 3° parágrafos não expressam nenhuma opinião de forma indireta. Fica a impressão que é um texto expositivo.

    A conclusão está boa !!!!

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