A superexposição de crianças e adolescentes na Internet

“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”. A frase de Brás Cuba, personagem de Machado de Assis, trás uma profunda reflexão ao fazer um paralelo com o impasse da superexposição de crianças e adolescentes na internet, que circunda a sociedade mundial. Hoje, o mundo vivencia uma intensa exposição de indivíduos, como se não bastasse, estes internautas, expõem também os filhos.

Primeiramente, cita-se um caso famoso que grande parte dos brasileiros presenciaram, o caso da menina Madalena, uma criança de aproximadamente 2 anos, filha de pais que trabalham no ramo da internet, sofreu com uma excessiva exposição advinda dos familiares nas redes socias, para a demonstração da vida que a menina levava, tanto na família paterna quanto na materna, que enfrentavam um processo jurídico. A partir disso, pode acarretar diversos emblemas, tais como a pedofilia infantil, a limitação da privacidade da criança, sequestros, etc. Assim, percebe-se que a busca de interesse pessoas muita das vezes sujeitam outras pessoas ao perigo, neste caso, uma criança.

Posteriormente, ao analisar o âmbito familiar como um todo, em vários casos, perfis de bebês que ainda estão na barriga são criados, consequentemente após o nascimento possuem a vida inteiramente expostas na rede. É importante ressaltar também os adolescente e jovens que passam por isso, durante toda a infância são expostos pelos pais, quando já jovens, tendem a seguir o mesmo \”exemplo\”. Logo, isso se torna um ciclo vicioso e interminável, fazendo da exposição algo comum e natural, que não aparenta ter nenhum perigo a princípio, no entanto mascara um realidade problemática, tal como problemas como por exemplo o Cyberbullying e o assédio, que serão palco para transtornos maiores como a depressão e o suicídio.

Dessa forma, observa-se que há falta de limites á família, o que resulta nos problemas já mencionados. Portanto, como forma de atenuá-los, é necessárias medidas cabíveis para a conscientização e limitação de tais atos. é fundamental que o Estatuto da Criança e do Adolescente crie medidas que restringem a superexposição dos menores, em parceira com o poder judiciário impor as redes socias, como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, por exemplo, que retirem publicações feitas por crianças até uma faixa etária imposta pelo governo, também excluam exposições e contas feitas pelos pais. Ademais, o ECA através de verbas governamentais, com auxílio das mídias, rádios, televisão e internet, promova campanhas de conscientização das medidas a serem tomadas por conta dos problemas acarretados pela superexposição de crianças e adolescentes na internet. A medida que, todos os critérios serão posto em práticas, ocorrerá a diminuição do dilema e somente assim, pessoas como Brás Cubas deixarão de pensar na opção de não ter filhos por medo de transmitir a elas a corrupção humana.