Iniciante

A superexposição aos recursos digitais e à internet

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No clássico “Frankenstein”, Mary Shelley reflete que se certa devoção de um indivíduo tem a tendência de enfraquecer suas afeições e destruir a simplicidade do prazer, então tal devoção não é própria para a mente humana. Da mesma maneira, no contexto atual, presencia-se uma onda de efeitos devastadores provenientes da devoção dos indivíduos aos recursos digitais e à internet. Nesse cenário, cabe a nós analisar mais a fundo esse comportamento nocivo.

Em primeiro lugar, é notório que os algoritmos da internet trabalham para que esse ciclo vicioso de superexposição exista, assim garantindo que seus produtos recebam uma atenção incessante. Segundo a série “O Dilema das Redes Sociais”, é de suma importância para o algoritmo que as pessoas permaneçam o máximo de tempo possível navegando, provocando, assim, mais lucros para as grandes empresas, e isso só é proporcionado com uma dose intensa e constante de estímulos digitais. Com isso, pode-se dizer que esse comportamento nada mais é que uma perpetuação do ditado do militar Napoleão Bonaparte, cujo diz que para governar basta se aproveitar dos vícios dos homens, e, diante de tal óptica, é inegável que a preocupação com as consequências dessas superexposições aos usuários seja praticamente nula.

Em segundo lugar, a ignorância da população em relação à exploração invisível que ela sofre reflete, também, na manutenção dessa lástima. Tal questão ocorre, pois, de acordo com a neurologia, o cérebro é vulnerável a estimulos dosados o suficiente para trancá-lo em uma necessidade de desfrutar mais desses prazeres, e tal situação ocorre nos recursos digitais. Dessa forma, o usuário é cativo em uma devoção que não só é imprópria para a mente humana, segundo refletiu Mary Shelley, como também devastadora para todos os aspectos da saúde de um indivíduo, haja vista que todos os vícios tem suas consequências.

Portanto, ao compreender o teor exploratório dos algoritmos e a negligência dos usuários que, por sua vez, nutrem a superexposição aos recursos digitais e à internet, é tempo de combater esse problema. Assim, cabe ao Ministério das Comunicações e o Ministério da Saúde trazer luz ao funcionamento dos algoritmos da internet e à prevenção da exploração de tais recursos. Tal ação deverá ocorrer por meio de movimentos de conscientização e aberturas de atividades recreativas para todas as idades, a fim de armar a população contra sistemas exploratórios e atraí-la para o equilíbrio entre a vida digital e atividades que mantenham a saúde. Dessa forma, as afeições e a simplicidade do prazer, citadas por Mary Shelley, poderão ser restauradas na vida dos cativos em superexposição digital.

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2 Correções

  1. Introdução ficou muito bom, você utilizou uma excelente citação.
    Desenvolvimento 1: coerente de acordo com o tempo, gostei de como utilizou os conectivos.
    Desenvolvimento 2: na minha visão ficou ótimo! Pois você pegou um pouco da área da psicologia e argumento muito bem.
    Proposta de intervenção ficou impecável, gostei de como você interviu a problemática.
    Porém, o erro foi somente utilizar a palavra “algoritmo” repetidas vezes.
    Ao meu ver você, nessa redação você tiraria 920.

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  2. Pontos positivos: Vocabulário impecável, uso de repertórios socioculturais, algo que os corretores do enem valorizam muito, estrutura do texto correta e conclusão bem elaborado, no geral está ótimo!!!
    Contudo, pontos negativos: No parágrafo 1, de introdução, você utilizou o pronome “nós”, sendo isso algo não aceito pelo enem, então saliento à você se atentar quanto a isso, ademais algo já citado seria a repetição de algumas palavras como “algoritmo”.

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