A situação de gestantes em situações de cárcere no Brasil (pfvr façam a mesma correção do enem)

O período da gravidez é marcado por transformações físicas e emocionais no organismo feminino. A secreção de hormônios passa por uma drástica elevação, contribuindo para o afloramento de dúvidas e inseguranças. Esse processo é ainda mais intenso para as mulheres em situação de cárcere. As condenadas precisam lidar com o confisco de sua autonomia maternal, assim como com a defasada estrutura do sistema prisional brasileiro.
É importante pontuar, de início, que o complexo de prisões no Brasil vive uma realidade de total sucateamento. A luz do filósofo francês, Foucault, as prisões são invenções condenadas ao fracasso desde seu surgimento, portanto, a manutenção dessas instituições é um desafio que finda, muitas vezes, por violar os direitos dos indivíduos encarcerados. Convém destacar, ainda, que o colapso na estrutura dessas instituições força a vivência em ambientes insalubres, rompendo a dignidade garantida nos Direitos Humanos.
Ademais, sob a análise do documentário “As mulheres e o cárcere”, disponível no Youtube, a exemplificação da relação maternal revela a hipermaternidade. Após o nascimento, a progenitora vive em função do menor, suas atividades, visando a redução de pena, são cessadas. Entretanto, esse vínculo não é sustentado, em um limitado espaço temporal a mulher passa a vivenciar a hipomaternidade devido a perda da guarda. Portanto a autonomia sobre a vida de seus próprio filho passa a ser centrada no Estado, rompendo a dinâmica familiar.
Entende-se pois, que o Departamento Penitenciário Nacional – atua na execução penal nacional- deve reformular o sistema de saúde carcerária no país. Essa ação deve ocorrer através de programas explicativos sobre as situações envolventes a gravidez, além da prestação de serviços por parte de profissionais especializados, como ginecologistas. Assim, serão amenizados os danos físicos e mentais, em decorrência do ambiente, em ambas as partes envolvidas.