O homem, quando em liberdade, tende a agir de modo resiliente, buscando maximizar a sua felicidade. Porém, essa máxima proposta pelo economista Ludwig Von Mises vem sendo contradita diante do cenário contemporâneo, a medida que os indivíduos vêm, cada vez mais, cedendo as emoções negativas, colocando-se em um estado inerte diante das adversidades. Logo, faz-se necessário explorar a razão pela qual a sociedade hodierna necessita da resiliência e também a causa da ausência dessa capacidade individual, buscando a saída dessa condição inercial.
Inicialmente, é relevante apontar a importância da resiliência no século XXI, marcado por uma sociedade que exige cada vez mais dos seus membros, como um mecanismo que busca o melhor rendimento de suas peças, sem se preocupar com as consequências. Sobre isso, em seu livro “Sociedade do Cansaço”, o filósofo Byung Chul-Han aborda o estado de frustração e depressão que os indivíduos se encontram diante de um sistema social que visa apenas o desempenho e a produtividade. Assim, tal cobrança excessiva promove um esgotamento das pessoas, que sem a atuação de um processo de resiliência, ou seja, adaptação, não conseguem lidar com a moderna vida em sociedade e acabam desenvolvendo problemas físicos e mentais.
Ademais, ao não possuir de um conteúdo relacionado ao enfrentamento dos desafios contemporâneos, as instituições escolares deixam de exercer uma de suas principais funções, a de formação de indivíduos resilientes, aptos à vida em sociedade. Acerca disso, a obra “Pedagogia da Autonomia”, do educador Paulo Freire, destaca que a escola deveria fomentar habilidades socioemocionais, além do conhecimento técnico-científico. Dessa forma, se a resiliência fosse uma ferramenta explorada no ambiente escolar, ao sair dele e ingressar no mundo, os cidadãos seriam plenamente capazes de lidar com seus sentimentos diante das adversidades, alterando a inerte conjuntura social recente.
Portanto, busca-se promover alterações no fato supracitado, com o fito de tornar a resiliência uma habilidade inerente a condição humana. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, instituição governamental responsável por administrar os currículos das redes de ensino públicas e privadas, por meio de alterações na Base Nacional Curricular Comum, inserir no ambiente escolar discussões acerca da resiliência como importante ferramenta na superação dos entraves cotidianos. Desse modo, essa ação tem a finalidade de formar indivíduos que abdiquem da condição de peças de um mecanismo, lidando de forma positiva com a vida social moderna e, assim como proposto por Von Mises, agindo de modo a buscar sua máxima felicidade.
izabele7621
Muito bom
mas acho que poderia diminuir repetições de palavras principalmente as mais confusas.
gostei do fato de ter feito referencias a um livro porem acho que poderia ter escrito algo mais complexo
O terceiro parágrafo achei perfeito no meu ponto de vista pois foi de fácil entendimento e bem complexo
sua acentuação é muito boa está indo muito bem